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ECONOMIA

Dólar sobe e fecha a R$ 5,83 em dia de saída de Teich

Em um dia marcado pela divulgação de indicadores econômicos e pela saída do ministro da Saúde, Nelson Teich, o mercado financeiro teve um dia de volatilidade. Depois de iniciar a sessão em baixa, o dólar comercial foi vendido a R$ 5,839, com alta de R$ 0,

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Imagem ilustrativa da notícia Dólar sobe e fecha a R$ 5,83 em dia de saída de Teich camera Bolsa encerrou a sexta-feira (15) com queda de 1,84%, depois de começar em alta. | Marcelo Casall Jr/Agência Brasil

Em um dia marcado pela divulgação de indicadores econômicos e pela saída do ministro da Saúde, Nelson Teich, o mercado financeiro teve um dia de volatilidade. Depois de iniciar a sessão em baixa, o dólar comercial foi vendido a R$ 5,839, com alta de R$ 0,019 (+0,33%), na sexta-feira (15). A bolsa de valores, que tinha começado em alta, passou a cair a partir do fim da manhã.

O euro comercial também subiu e fechou a R$ 6,336, com alta de 0,87%. A libra comercial, no entanto, caiu levemente e encerrou o dia vendida a R$ 7,088, com recuo de 0,27%.

O dólar alternou momentos de alta e de queda, mas consolidou a alta perto do fim das negociações. Na mínima do dia, por volta das 11h30, a cotação tinha caído para R$ 5,77, mas o movimento inverteu-se assim que foi confirmada a saída do ministro da Saúde. A divisa encerrou a semana com alta de 1,73% e acumula alta de 45,51% em 2020.

Diferentemente dos últimos dias, o Banco Central (BC) não interferiu no câmbio. A autoridade monetária apenas anunciou, no fim da tarde, que começará a rolar (renovar) na próxima semana US$ 11,3 bilhões em contratos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – que vencem em julho.

Além da saída do ministro da Saúde, o mercado financeiro foi influenciado pela divulgação de que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (15) pelo Banco Central (BC), apontou queda de 1,95% no primeiro trimestre, por causa da pandemia de coronavírus.

Somente em março, o IBC-Br caiu 5,9% em relação a fevereiro, antes do início da pandemia. Esse foi o pior resultado mensal desde o início da série histórica, em janeiro de 2003. Em relação a março de 2019, a queda chegou a 1,52%.

Nos últimos dias, os investidores também têm repercutido a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a Selic (taxa básica de juros) para 3% ao ano. Além de reduzir a taxa além do estimado, o BC indicou que pretende promover novo corte de até 0,75 ponto percentual em junho, o que poderia levar a Selic para 2,25% ao ano.

Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais estrangeiros. As tensões políticas internas também interferiram no mercado.

Mercado de ações

O dia voltou a ser marcado por perdas no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou esta sexta-feira aos 77.556 pontos, com queda de 1,84%. O indicador começou o dia em alta, mas passou a cair no fim da manhã, pouco depois do anúncio da saída de Teich. O Ibovespa encerrou a semana com queda de 3,37%.

O mercado de ações brasileiro não seguiu o cenário externo. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou o dia com ganho de 0,25%. A bolsa norte-americana tem sido influenciada pelo aumento na tensão comercial e diplomática entre Estados Unidos e China e pelo ressurgimento de casos do novo coronavírus em países que amenizaram as restrições sociais, como a Alemanha e a Coreia do Sul.

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos no combate à doença.

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