A Justiça do Goiás concedeu liberdade provisória a uma advogada vegana, que alegou ter tido a saúde comprometida pela alimentação inadequada que era ofertada no sistema carcerário.
Segundo os autos apresentados, ela comia apenas cenoura e quiabo desde que foi detida, em 19 de novembro, e acabou precisando ser internada às pressas em um hospital, onde apresentava estado grave.
Na decisão, a juíza da Vara Dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, Placidina Pires, argumentou que a defesa da advogada justificou que, por ser vegana, se abster do uso de produtos de origem animal, a ré necessitava de uma dieta adequada que não era fornecida pela unidade prisional.
Por isso, a magistrada deliberou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. A acusada terá que fazer uso da tornozeleira eletrônica, por exemplo, assim como não poderá mudar de endereço, nem se ausentar por mais de oito dias da residência registrada sem aviso e autorização prévia.
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A advogada é suspeita de integrar uma organização criminosa especializada na exploração de jogos de azar e lavagem do dinheiro obtido com as práticas ilícitas. A ré, supostamente, desempenhava a função de subgerente de uma das casas de jogos.
A prisão preventiva foi decretada sob argumento de que os investigados poderiam continuar obtendo vantagem econômica com a exploração oriunda dos jogos de azar. De acordo com o processo, a advogada e outros suspeitos já haviam sido autuados pela prática de suborno.
A defesa da acusada, no entanto, negou que a cliente tenha envolvimento nas ações criminosas e alegou que a cliente é ré primária, tem residência fixa e trabalha como advogada.
No pedido de soltura ressaltam, ainda, que "sua liberdade não representa risco para o convívio social".
A advogada já teve alta do hospital e está em casa sob monitoramento eletrônico.
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