O deputado federal Daniel Silveira desacatou uma servidora plantonista após ser preso por agentes da Polícia Federal e levado do Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito. As informações são do iG.

No local, ao ouvir solicitação para que fizesse uso da máscara facial, ele discutiu e ainda desacatou uma servidora plantonista, afirmando que ela era "militante petista" e estava querendo "fazer espetáculo".

O vídeo, com pouco mais de três minutos, foi compartilhado na própria página oficial de Silveira, sendo possível notar que desde sua chegada ao local, a servidora solicita que ele utilize a máscara, além de pedir para que ele não fale com ela enquanto não estiver com a proteção no rosto.

O deputado mantém seu posicionamento contrário ao uso da máscara e chega a dizer que tem dispensa de uso por recomendação médica. "Não existe dispensa?", questiona Silveira. "A lei federal eu rasgo então? A senhora não manda em mim, não", diz ele.

Mesmo recebendo o equipamento de proteção de um agente da PF, que pede que ele colabore, o deputado continua a discutir com a servidora: "Acha que está tratando com vagabundo? Pior coisa é militante petista . Militante petista é um c***. Reconhece e fala 'agora vou fazer meu espetáculo'. Não está lidando com vagabundo, não".

Na sequência, ele levanta a voz ao ouvir novo pedido dela: "e se eu não quiser botar? Se a senhora falar mais uma vez eu não boto. Vou fazer pelo doutor aqui. Se falar mais uma vez, eu tiro essa p*** aqui. Eu também sou polícia. E aí? Eu sou deputado federal. E aí? Acha que eu não conheço a p*** da lei?".

Daniel Silveira acaba colocando a máscara no rosto e é encaminhado para uma sala dentro do prédio a pedido do agente da PF que o acompanha, encerrando assim a discussão com a funcionária plantonista.

Veja o vídeo:

EXPULSO DO PARTIDO?

Após o ocorrido, o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), afirmou que o partido está "tomando todas as medidas jurídicas cabíveis" para a expulsão do deputado Daniel Silveira (RJ). 

Em nota, Bivar afirmou que a Executiva Nacional do PSL "repudia com veemência os ataques proferidos" pelo parlamentar, classificados como "inaceitáveis". Para o partido, não é possível enquadrar as declarações de Silveira dentro da liberdade de expressão. 

Silveira foi preso após publicar um vídeo com ataques e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão do deputado foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

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