Você é daqueles que sempre tem um descongestionante nasal por perto? Cuidado! Os efeitos colaterais do uso indiscriminado podem ser muito piores que o mal pelo qual busca combater. As informações são do portal Folha Vitória.
O otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Arnaldo Guilherme Braga Tamiso, explica que o uso de descongestionantes nasais, de forma desregulada e não prescrita por médicos, pode ocasionar problemas como arritmias cardíacas e elevação da pressão, "muito comuns em pessoas que usam por longo período o descongestionante nasal".
O especialista ressalta ainda, que o descongestionante faz bem na hora do uso, mas pode cobrar um preço caro, posteriormente, aumentando "os índices de infarto e os picos de pressão alta, para quem já têm predisposição".
A dependência relacionada ao uso de descongestionante nasal é muito alto, segundo Tamiso. O otorrinolaringologista explica que o uso sem qualquer prescrição ou acompanhamento médico faz com que o paciente sempre recorra ao medicamento quando sentir o nariz congestionado, aumentando o uso e reduzindo a eficácia.
Segundo Tamiso, a principal consequência disso é o efeito rebote, ou seja, após o uso do remédio, o nariz até fica mais livre para respirar, mas quando passa o efeito, volta tudo ao normal.
Esse efeito rebote, segundo o otorrinolaringologista, "a longo prazo, faz com que o paciente tenha de recorrer a um processo cirúrgico. É o que acontece com a maioria dos pacientes viciados em descongestionante”.
Acompanhamento médico
O especialista orienta procurar um acompanhamento médico, caso a obstrução e a dificuldade de respirar dure mais de 10 dias.
O tratamento para os pacientes viciados em descongestionante nasal dependerá da extensão do dano, sendo determinado de acordo com o tempo em que a pessoa faz uso do medicamento para aliviar o nariz congestionado.
Segundo Tamiso, se o vício começou há pouco tempo, ainda é possível reverter com o ‘desmame’, fazendo uso de corticosteroides como medicação. No entanto, ela ressalta que "nos casos crônicos, geralmente com uso superior a três meses, somente o processo cirúrgico resolve”.
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