No período entre 2010 a agosto de 2020, 103,149 mil crianças e adolescentes de até 19 anos morreram vítimas de agressões no Brasil. Os óbitos por agressões e suas causas podem ser conferidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, obedecendo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
Os números mostram que, entre 2010 e agosto do ano passado, 2,083 mil crianças mortas por maus-tratos estavam na faixa etária de zero a 4 anos de idade. Essa era a idade do menino Henry Borel, vítima de violência em casa que o levou à morte no último dia 8 de março.
Agora, uma menina de apenas 2 anos de vida foi resgatada a um hospital de Goiânia sem duas unhas e com vários ferimentos pelo corpo. O caso foi registrado no último dia 10 de maio, mas só foi divulgado nesta quinta-feira (20). Segundo a equipe médica que atendeu a criança, foi necessário fazer a retirada de 40% do intestino da paciente.
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A Polícia Civil informou que os responsáveis pela menina estão sendo investigados por maus-tratos. Ao Conselho Tutelar, a mãe e o padrasto disseram que os ferimentos foram causados depois que a criança caiu de bicicleta.
No entanto, os médicos afirmam que as lesões da menina foram provocadas há mais de uma semana. Segundo o relatório médico, caso a menina levasse mais tempo para ser atendida, poderia não resistir. Além do intestino necrosado, ela tinha coágulos pelo corpo e estava sem duas unhas das mãos. A paciente ficou internada na unidade de saúde por seis dias e recebeu alta neste domingo (16).
Em nota, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) informou que o caso está sendo investigado e que as diligências estão em andamento. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.
Como medida protetiva, a menina foi retirada da casa da mãe e está sob os cuidados da avó materna. “A criança estava bastante assustada”, relatou o conselheiro tutelar Carlin Júnior, em entrevista ao portal Metrópoles.
A mãe começou a chorar muito, segundo o conselheiro tutelar, após o caso ser encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso.
“Mas vi esse comportamento mais como preocupação do que poderia acontecer na polícia, e não pela situação da criança em si”, diz o representante do Conselho Tutelar.
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