Desde o início da pandemia do novo coronavírus e a descoberta de imunizantes, vários países começaram a aplicar vacinas contra Covid-19. No entanto, sob um regime de “aprovação emergencial”, conduzido por órgãos regulatórios. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a criar uma nova regra no dia 10 de dezembro de 2020 para agilizar esse tipo de liberação.
Nesta terça-feira (1) a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da vacina Coronavac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech. O imunizante contra a doença tem utilizado no Brasil. A Coronavac é produzida no Instituto Butantan em parceria com laboratório chinês.
Com a aprovação emergencial da OMS, a Coronavac pode passar a ser comprada e incorporada ao consórcio Covax Facility para distribuição em escala global. A decisão facilita o caminho para países pobres terem acesso aos imunizantes.
A autorização também abre o questionamento se brasileiros imunizados com a Coronavac passariam a ser aceitos em locais adeptos do "passaporte de vacinação".
No início de maio, a OMS aprovou também a vacina da Sinopharm para uso emergencial. O imunizante tornou-se a primeira vacina contra a Covid-19 desenvolvida por um país não ocidental a ganhar o apoio da OMS.
A OMS também já concedeu aprovação para uso de emergência das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson e Moderna.
Efetividade no Brasil
Um estudo de efetividade da Coronavac, realizado pelo Instituto Butantan, aponta que a pandemia poderia ser controlada no país se 75% da população for vacinada, conforme anúncio do governo de São Paulo na segunda-feira (31).
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Durante a pesquisa, 95% da população adulta da cidade de Serrana, no interior de São Paulo, foi imunizada. Após a aplicação das duas doses da vacina, foi comprovado uma queda de 95% nas mortes, 86% nas hospitalizações e 80% nos casos sintomáticos da doença.
"Os resultados demonstram de forma categórica o que poderia estar acontecendo no Brasil inteiro, não fosse o atraso na vacinação", disse o governador João Doria (PSDB). Ao todo, foram vacinadas 27.150 pessoas na cidade entre fevereiro e abril de 2021.
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