O cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que se identifica como vendedor da Davati Medical Supply, afirma ter recebido pedido de propina feito por Roberto Ferreira Dias, à época diretor de logística do Ministério da Saúde, para conseguir vender doses da vacina Astrazeneca. Dominghetti está prestando esclarecimentos à CPI da Pandemia, nesta quinta-feira (01).
Em resposta a Humberto Costa (PT-PE), Dominguetti afirmou que parlamentares tentaram negociar a busca por vacinas diretamente com a Davati. Entre eles, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que teria procurado o CEO da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, para negociar a aquisição de compra de vacinas.
CPI da Covid ouve responsável por denúncia de propina
Depois de exibir em seu celular um áudio do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) supostamente tentando fazer intermediação de compra de vacinas, Dominguetti entregou o aparelho à mesa da comissão. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determinou que a Polícia Legislativa faça perícia no áudio e informou que o arquivo será disponibilizado a todos os senadores.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), confirmou reconvocação do deputado Luis Miranda à CPI para próxima terça-feira (6), em audiência aberta. Miranda já havia solicitado ser novamente ouvido em reunião secreta.
“Se o deputado Luis Miranda estiver envolvido com maracutaia, se ele pegou pernada, isso é problema dele, não é nosso. Não tem que proteger ninguém aqui não”, afirmou Omar Aziz.
Acompanhe o depoimento, ao vivo:
Propina de US$ 1 por vacina
Dominguetti disse que comunicou ao procurador da Davati, Cristiano Alberto Carvalho, sobre o pedido de propina que, segundo ele, teria sido feito pelo ex-funcionário do Ministério da Saúde Roberto Dias. Questionado pelo relator, Renan Calheiros, se a Davati possui contrato com a Astrazeneca, o depoente afirmou não saber e que somente o CEO da empresa, Herman Cardenas, tem acesso a documentos confidenciais.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar