O tradicional 4 de julho, feriado de independência nos Estados Unidos, está chegando e será comemorado com muitos fogos e balões pelos norte-americanos que se veem cada vez mais ávidos a gritar “liberdade” para a pandemia do novo coronavírus.
O Brasil está convidado para participar dessa festa, porém, de forma virtual. O convite foi feito pela Embaixada EUA Brasil que irá transmitir, às 17h, a comemoração pelo canal no Youtube.
“Com a pandemia, estamos fazendo esse ano uma versão online. Convidamos todos os nossos amigos brasileiros a celebrar conosco e assistir uma transmissão feita pela embaixada, onde teremos músicas, mensagens do governo dos Estados Unidos e do governo Brasileiro e figuras da sociedade brasileira para marcar esse dia tão importante”, disse Tobias Bradford, porta-voz adido de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
Convite do @USAmbBR p/ você: "Participe da nossa festa 🎉 virtual em comemoração ao Dia da Independência dos EUA 🇺🇸. O evento vai ao ar pelo YouTube no dia 4 de julho, às 17h". Inscreva-se no nosso canal pelo QR code no vídeo ou pelo link: https://t.co/7B1eXLlh3h. pic.twitter.com/PfNK0e0VHJ
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) July 2, 2021
Em entrevista ao DOL, na noite desta sexta-feira (2), Bradford falou sobre o clima de festa que reina no país, além dos preparativos a poucas horas do grande evento. É importante lembrar que, mesmo tendo sido um dos primeiros países a iniciar a vacinação contra a Covid-19, os EUA vão celebrar o feriado sem ter atingido a meta de 70% da população imunizada.
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“Cada estado vai decidir sobre [como irá realizar] as paradas, as celebrações, [a queima de] fogos de artifício e outras atividades tradicionais para o dia 4 de julho, mas muitas vão continuar como eram em anos passados [antes da pandemia]”, garante.
“É importante destacar que cada estado toma as suas decisões considerando a situação de saúde pública e as condições locais, o que poderá ser ou não realizado”, pontua.
Vacinação
Ainda sobre o tema, o porta-voz não deixou de comentar sobre as doações de pouco mais de 3 milhões de doses da vacina da Janssen para o Brasil, recebidas entre os dias 25 e 26 de junho. No Pará, as 50.450 doses do imunizante de dose única, produzido pela farmacêutica Johnson & Johnson, foram muito bem aproveitadas nos municípios do interior.
“Foi a maior doação de vacinas do governo dos Estados Unidos para qualquer país do mundo. É importante porque é de uma única dose, o que significa que vai proteger 3 milhões de brasileiros e ajudar a proteger suas famílias no combate a pandemia”, afirma.
Expectativa para o visto?
Não se pode falar em avanço da vacinação sem citar temas como economia e turismo. A pandemia da Covid-19 obrigou muitos países a recomeçar, especialmente para os que lideraram os calendários vacinais desde o final do ano passado. Para os Estados Unidos não seria diferente. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a recuperação econômica no país é vista como positiva mesmo depois do baque sofrido pelos imprevistos da pandemia.
“Nós temos que continuar construindo os investimentos de ambos os lados [Brasil e EUA] para fortalecer a nossa relação econômica também. Estamos vendo bons sinais na recuperação da economia dos EUA, bons investimentos por parte do governo Biden”, avalia o porta-voz.
Questionado sobre a expectativa de liberação dos vistos americanos no Brasil, Bradford deixou claro que compreende a importância das viagens e o anseio nutrido pelos brasileiros para essa possibilidade, mas que, até o momento, não há sinais dessa liberação.
“Nós esperamos ter pronto nos próximos meses uma outra avaliação da situação e quando tivermos informações específicas sobre essa abertura o que eu posso prometer é que será uma grande notícia e iremos divulgar em todo o Brasil”, garantiu, deixando claro que a única exceção em vigor é para os estudantes. “A Casa Branca abriu uma flexibilização há alguns meses. Estamos felizes e queremos ver muitos estudantes brasileiros lá”, disse entusiasmado.
Amazônia
Depois da decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em obstruir o sistema de multas ambientais, uma das principais formas de punir quem desmata ilegalmente a floresta amazônica, não se pôde deixar de comentar a relação EUA e Brasil sobre o tema.
Em maio desse ano, o Enviado Especial Climático, John Kerry defendeu urgentemente a necessidade de se estabelecer um acordo climático com o Governo Federal para garantir que a Amazônia “não desapareça”. Pouco tempo depois, o presidente norte-americano Joe Biden se ofereceu para ajudar a “financiar a preservação da Amazônia”, esperando que o Brasil fizesse sua parte com o cumprimento das leis.
Para Tobias Bradford, a relação de longa data entre os países no combate às mudanças climáticas tende a ser fortalecida. “Estamos conversando com o Brasil para ver como podemos apoiar os esforços e os compromissos feitos pelo presidente Bolsonaro na cúpula dos líderes sobre o clima, em abril. Somos um bom parceiro para o Brasil e queremos ver como poderemos mobilizar recursos e trabalhar juntos para alcançar essas metas”, garantiu.
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