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INVESTIGAÇÃO

Precisa lucrou R$ 96 mi com mudança em camisinha 

Precisa conseguiu fornecer o material de pouco utilidade da população, em decorrência do látex, em licitação suspeita.

Imagem ilustrativa da notícia Precisa lucrou R$ 96 mi com mudança em camisinha  camera Na imagem, os preservativos, primeiro o de látex e depois, o de borracha nitrílica | Divulgação

Coceira e vermelhidão na pele, lesões vermelhas, inflamações e edemas são alguns dos sintomas causados em pessoas que tem alergias a látex. Muitas camisinhas são feitas deste material e podem causar efeitos em algumas pessoas.

Por este motivo, em 2017, um grupo de mulheres pediu em uma audiência pública no Ministério da Saúde para que não fossem comprados preservativos femininos de látex, material considerado desconfortável e causador de alergias.

A intenção era sensibilizas os técnicos sobre os riscos do material e pedi que a compra fosse do material produzido com borracha nitrílica.

A priori, a pressão pareceu ter dado certo e na licitação em dezembro daquele ano, foi o pedido foi feito para borracha nitrílica. Porém, o governo alegou que existia falta de concorrência, e o pregão foi cancelado.

Alguns meses seguintes, uma nova licitação, o látex foi aceito como mais de 80% dos preservativos estipulados no edital passaram a ser desse material. A grande beneficiada foi a Precisa Medicamentos que, desde 2019, já recebeu R$ 96 milhões pelo fornecimento do produto.

Esta empresa é conhecida por negociar de forma suspeitas a vacina indiana Covaxin, um dos principais alvos da CPI da Covid. A Precisa tem efetivamente apenas um negócio com o governo federal que já resultou em pagamentos: a venda dos preservativos internos de látex, também importados da Índia.

Vale lembrar, que a borracha nitrílica é 30% mais cara que o látex. Porém, essa economia não é eficaz, já que o preservativo não é bem aceito e acaba não sendo utilizado.

Sobre a licitação, a Precisa Medicamentos se tornou uma das vencedoras desde agosto de 2018, mas o resultado final só foi homologado em novembro daquele ano. Já a empresa MS Bastos, que tinha dado o menor preço no lote de 29,3 milhões de unidades: R$ 1,5199 por preservativo de látex, foi desclassificada por problemas na documentação.

FBM Indústria Farmacêutica, foi a segunda classificada e tinha o preço, após uma negociação, ficou até mais barato: R$ 1,5198. Porém, houve uma série de idas e vindas na apresentação o ministério decidiu por também desclassificar a empresa.

Foi chamada então aa terceira colocada: a Precisa Medicamentos, com preço de R$ 2,3451.

Semina Indústria e Comércio ficou em quarto lugar, chegou a entrar na Justiça para impedir a vitória da Precisa. Porém, o resultado foi mantido.

Desde o início de 2019, a Precisa passou a fornecer o produto para o governo federal. Conforme o UOL mostrou, naquele mesmo ano foi proposta internamente uma multa de mais de R$ 1 milhão para a empresa por causa da sequência de atrasos na entrega do material. A punição, porém, até hoje não foi aplicada.

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