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Bolsonaro ataca Lula e ministros do STF em motociata em SC

Bolsonaro ameaçou os que para ele, "se acham os donos do mundo".

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro ataca Lula e ministros do STF em motociata em SC camera O presidente discursou para vários apoiadores em SC. | Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado (7) de uma nova motociata, desta vez em Florianópolis, e insistiu na pregação a favor do voto impresso e, em meio a críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), exaltou a "legitimidade" dele e do Congresso Nacional.

Ele afirmou também temer que um governo de esquerda volte ao Brasil, e mais uma vez falou sobre a questão do voto impresso e auditável.

"Alguns acham que são donos do mundo. Vão quebrar a cara. Não continuem nos provocando, não queiram nos ameaçar", declarou.

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Na sexta (6), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que vai levar a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso ao plenário da Casa, mesmo após o texto ter sido derrotado em comissão especial no dia anterior.

O texto deve ser votado na próxima terça-feira (10) no plenário, segundo aliados do presidente da Casa.

"Não vai ser um ou dois ministros do Supremo Tribunal Federal que vai decidir o destino de uma nação. Quem teve voto, quem tem legitimidade além do presidente, é o Congresso Nacional", discursou Bolsonaro.

Sem máscara, o presidente gerou aglomeração durante a motociata ao parar algumas vezes para cumprimentar apoiadores. A maioria também não usava máscaras contra a Covid —alguns vestiam camisetas pedindo voto impresso.

No discurso, o presidente repetiu seu discurso em defesa do que chama de "eleições limpas" e disse que seus adversários "vão quebrar a cara".

Apesar das ameaças golpistas feitas nos últimos dias, citando a possibilidade de atuar fora da Constituição, Bolsonaro disse que "continuamos jogando dentro das quatro linhas da Constituição" e que " o outro lado" é que "não raro sai fora delas para nos atingir".

Florianópolis parou com o trânsito provocado pelo comboio, que obrigou o fechamento de diversas ruas. Bolsonaro chegou de helicóptero por volta das 10h30 na região sul da cidade, junto ao senador Jorginho Mello (PL-SC), membro da CPI da Covid.

Seguiu pela região central e depois norte, onde estacionou novamente para acenar aos motociclistas em frente à loja de departamento Havan. O empresário Luciano Hang, dono da marca, acompanhou o presidente durante todo o trajeto.

Manifestantes de jet skis também participaram do ato, parando embaixo da ponte que liga a ilha à parte continental da cidade. A expectativa é que ele discurse quando chegar à avenida Beira-Mar Continental, seguindo com a dispersão das motos.

A Polícia Militar de Santa Catarina informou que não faz estimativas de público e que a segurança do presidente é de responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional federal, mas que atua em apoio com os demais órgãos para reduzir os impactos na rotina da cidade.

Esta é a sétima motociata promovida por Bolsonaro pelo país, sempre aos finais de semana. Em todas elas o presidente desrespeitou os protocolos sanitários ao gerar aglomerações e cumprimentar apoiadores sem máscara.

As outras edições do evento ocorreram em Brasília (9 de maio), Rio de Janeiro (23 de maio), São Paulo (12 de junho), Chapecó, em Santa Catarina (26 de junho), Porto Alegre (10 de julho) e Presidente Prudente, no interior de SP (31 de julho).

Ao fim dos trajetos de moto, Bolsonaro costuma fazer discursos em cima de carros de som ou no meio da multidão, com ataques às eleições e às urnas eletrônicas, citações às Forças Armadas e críticas a prefeitos e governadores por medidas de restrição.

A passagem do presidente também envolve uma estrutura de segurança nessas cidades. Em São Paulo, por exemplo, o reforço no policiamento custou R$ 1,2 milhão e contou com cinco aeronaves, dez drones e 600 viaturas, segundo o governo de João Doria (PSDB), seu adversário político.

Na quarta (4), Doria afirmou que se o presidente fizer novas motociatas no estado será cobrado pelos custos de segurança pública. "Não é obrigação do Governo do Estado de São Paulo fazer segurança de motociatas sem que o custo seja suportado por quem as organiza e as promove”, declarou.

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