Após o Talibã dominar o território do Afeganistão em cerca de 15 dias, ainda enquanto as forças ocidentais estavam fazendo o processo de retirada, não houve nenhum acordo com o governo anterior, liderado por Ashraf Ghani, que fugiu horas antes do grupo tomar Cabul, deixando toda a população a própria sorte. Desde então, o país vem sofrendo com autoritarismo e ditadura por parte dos invasores, e por conta disso, muitos refugiados estão tentando abrigo em outros países.
Essa semana, o governo brasileiro assinou uma portaria interministerial que regulamenta a concessão do visto temporário e a autorização de residência para fins de acolhida humanitária para os afegãos, apátridas e pessoas afetadas pela grave instabilidade terrorista e violação de direitos humanos no Afeganistão.
Serão atendidas, especialmente, as solicitações de mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência com as famílias e magistradas afegãs.
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As embaixadas em Islamabad, Teerã, Moscou, Ancara, Doha e Abu Dhabi estarão habilitadas a processar os pedidos de visto para acolhida humanitária, já que o Brasil não possui embaixada ou consulado residentes no Afeganistão.
“Sabemos que esse problema não irá se resolver apenas com a vontade de uma entidade, ou de um poder. Na verdade, é um problema muito complexo, uma grave crise humanitária e que requer a atuação de vários segmentos”, informou o presidente da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Antonio Colussi.
A ideia da acolhida surgiu quando a Associação de Mulheres Juízas do Afeganistão pediu socorro ao governo brasileiro. Hoje, 270 magistradas trabalham no país afegão.
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