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CRIME

Delegada é vítima de racismo em loja da Zara em Fortaleza

Ana Paula Barroso, é diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Ceará, e denunciou o caso após ter sido alvo de crime de racismo na loja Zara.

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Imagem ilustrativa da notícia Delegada é vítima de racismo em loja da Zara em Fortaleza camera De acordo com a Delegada Ana Claudia Nery, a vítima foi barrada ao tentar entrar na loja, e ficou consternada, em estado de choque e chorosa. | Reprodução

Há quem diga que não existe racismo no Brasil, que isso é mimimi, é se fazer de vítima. No entanto, parte dessas afirmações vem de gente branca, que nunca sentiu o que é ser discriminado por conta da cor da pele. Mesmo com todos os esforços feitos desde 1888, quando a escravatura foi abolida no Brasil, o preconceito e a segregação racial ainda se fazem bastante presentes, estando enraizados na sociedade.

São poucos que tentam entender o que é o racismo institucional sofrido por negros rotineiramente no país, mas existem alguns fatos que comprovam esse cenário, como a quantidade de líderes políticos negros, recortes raciais no censo do IBGE, a pouca quantidade de pesquisadores negros na academia, cotas e acesso ao ensino superior, casos de preconceito e injúria racial nas redes sociais.

A instantaneidade de informações que a internet nos proporciona, os casos de preconceito racial se tornam mais visíveis e percebemos que a quantidade de ocorrências em relação a isso não são poucas.

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Um caso recente, ocorrido no último domingo (19), na loja da Zara, que fica no shopping Iguatemi, em Fortaleza, trouxe à tona mais um caso de racismo institucional. Mas dessa vez, a vítima foi uma delegada de polícia.

Ana Paula Barroso, é diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Ceará, e denunciou o caso após ter sido alvo de crime de racismo na loja Zara.

Segundo contou, ela foi barrada ao tentar entrar na loja, e ficou consternada, em estado de choque e chorosa. A descrição sobre o estado da delegada e a ocorrência foi feita pela delegada responsável pelo inquérito policial, Ana Claudia Nery da Silva.

Ana Paula contou que entrou na loja Zara com uma sacola com a logomarca de outra loja e que no momento tomava sorvete quando foi abordada pelo gerente do estabelecimento, que tentou afastá-la alegando que seria uma norma de segurança. A delegada então perguntou se o motivo de ser barrada era pelo sorvete. Em seguida, ela questionou um segurança do shopping sobre o ocorrido, e ele acionou o chefe de segurança do local, que a reconheceu como delegada.

A partir disso, a mulher entrou na loja com o chefe da segurança, que indagou o funcionário sobre o que havia acontecido. "Ele foi logo dizendo que não tinha preconceito e que tinha amigos negros, gays e lésbicas", contou a delegada Ana Claudia. Para a profissional, a fala só reafirma o preconceito.

Boletim de Ocorrência

A delegada registrou um Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOE), e a Polícia Civil pediu as imagens internas do shopping. O estabelecimento cedeu, no entanto, a loja Zara, não. A delegada Ana Claudia informou que enviou um ofício, mas não recebeu resposta. Com isso, a Polícia Civil pediu o mandado de busca e apreensão dos equipamentos de segurança, que foi concedido pela Justiça e cumprido na segunda-feira (20).

A delegada Ana Claudia Nery disse que a movimentação em torno do caso só foi possível, não por Ana Paula Barroso ser delegada, mas por ela ter conhecimento sobre as ferramentas para denúncia. Porém, no momento do ocorrido, a delegada Ana Paula poderia ter dado voz de prisão ao funcionário, mas "ficou em estado de choque, chorosa e consternada pelo que houve".

Em resposta ao jornal O POVO a Zara informou por telefone que a delegada foi impedida de entrar na loja por estar sem máscara de proteção contra a Covid-19, porque estava tomando um sorvete. A Zara também informa "que não tolera qualquer tipo de discriminação". Também por telefone, a Zara informou que não disponibiliza as imagens de segurança porque os equipamentos e a filmagem foram apreendidos pela Polícia nesse domingo.

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