Os escândalos envolvendo a prestadora de serviços Hapvida, onde médicos estariam prescrevendo o Kit Covid a pacientes da unidade infectados pelo novo coronavírus, ganha novas atualizações e fica em destaque no centro das discussões na noite desta sexta-feira (1º). Lembrando que o caso atualmente segue sob investigação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Segundo o jornal O Globo, documentos e troca de mensagens em um grupo de Whatsapp de funcionários da operadora, enviadas entre março de 2020 e maio de 2021, apontam que a prescrição do kit Covid, cuja eficácia não foi comprovada, acontecia porque os médicos da unidade eram pressionados.
O diretor da Hapvida, de acordo com a denúncia, teria orientado a recomendação do kit aos médicos para evitar internações justamente no período em que o Brasil voltava a decretar medidas restritivas para enfrentar a segunda onda da pandemia. “A gente tem uma luta muito grande nos próximos dias para aumentar consideravelmente a prescrição de cloroquina, o kit Covid, para garantir que a gente tenha menos pacientes internados”, diz em um áudio enviado a um funcionário no dia 20 de janeiro.
“Eu peço para vocês. A liderança de cada unidade, a diretoria médica, os regionais precisam liderar isso. A gente precisa subir a prescrição de cloroquina. Então, eu peço que vocês… não é só para Manaus, só para uma unidade ou outra, mas para todas as unidades, a gente [tem que] ter um aumento significativo da prescrição do kit Covid. Cada diretor médico da unidade é diretamente responsável por esse indicador”, acrescentou.
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Já a reportagem do portal Metrópoles disse que procurou a prestadora de serviços para falar sobre o caso. Por meio de nota, a Hapvida confirmou que chegou a aderir à ideia na rede, mas que não era em sua maioria. “Houve uma adesão relevante da nossa rede, que nunca correspondeu à maioria das prescrições, no melhor intuito de oferecer todas as possibilidades aos nossos usuários”, diz na nota.
E destacou: “Hoje, a instituição não sugere o uso desse medicamento por não haver comprovação científica de sua efetividade, mas segue respeitando a autonomia e a soberania médica para determinar as melhores práticas para cada caso, de acordo com cada paciente”, disse.
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