A babá Thayna de Oliveira Ferreira, contratada para cuidar do menino Henry Borel Medeiros, foi indiciada pelo crime de falso testemunho na 16ª DP (Barra da Tijuca), no dia 22 de setembro. Para o delegado Leandro Gontijo, a funcionária mentiu nas duas versões sobre o caso prestadas ao também delegado Henrique Damasceno, durante as investigações da morte da criança que ocorreu na madrugada de 8 de março.
Na noite desta quarta-feira, (7), ela apresentou uma terceira versão para o caso, durante o julgamento sobre a morte de Henry: agora, ela disse que não presenciou nenhuma agressão contra o menino e que também não foi manipulada por Monique Medeiros da Costa e Silva, mãe de Henry, contra Jairo Souza Santos Júnior, padrasto do garoto.
"Foi instaurado inquérito e houve a tentativa de intimação da investigada por duas vezes sem sucesso, mas, a partir da análise das declarações prestadas em sede policial totalmente díspares, opostas, variantes concluímos pelo indiciamento dela. Foi comprovado que ela não tem noção da responsabilidade dela como testemunha, com o dever legal de dizer a verdade", explicou o delegado.
Em depoimento, em 12 de abril, Thayna disse que, por medo, havia mentido. Na ocasião, Monique e Jairinho já estavam presos temporariamente, e os peritos já haviam recuperado mensagens que mostraram ela avisando Monique sobre as agressões de Jairinho contra Henry. Ela afirmou que," por ter visto o que Jairinho tinha feito contra uma criança, ficou com medo que algo também pudesse acontecer com ela própria". Ela afirmou, ainda, que a avó materna do menino, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva, tinha conhecimento das agressões sofridas por Henry.
Nas conversas, ela chega a afirmar ao pai e ao namorado que, tamanho o desespero de Henry ao ver Jairinho, fez com que ele chegasse a rasgar sua blusa (“Ele gritava horrores”, escreveu). Ela ainda conta ter ganho R$ 100 do ex-vereador para "ficar quieta".
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