O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta segunda-feira (18) que o governo deve prorrogar mais uma vez o auxílio emergencial. Bolsonaro afirmou que pretende resolver a questão esta semana, e disse, em seguida, “que está batido o martelo no seu valor”. Ele também voltou a falar no preço do diesel, em um indicativo que pretende buscar algum caminho para a redução do preço do combustível nas bombas, com uma possível redução nos tributos.
“Se Deus quiser, nós resolveremos nessa semana a extensão do auxílio emergencial. Como deveremos resolver, também nessa semana, a questão do preço do diesel”, disse Bolsonaro, durante evento em São
Roque de Minas (MG).
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De acordo com o presidente, houve uma reunião sobre o assunto no sábado com os ministros Paulo Guedes (Economia), João Roma (Cidadania) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), além do presidente da Caixa, Pedro Guimarães: “A questão do auxílio emergencial, que está batido o martelo no seu valor, juntamente com Paulo Guedes no dia de sábado último, juntamente com João Roma, ministro que está do meu lado, Onyx Lorenzoni, o Pedro da Caixa, entre outros, é um valor para dar dignidade a esses necessitados”.
O debate sobre formas de ampliar o pagamento de programas sociais pelo governo é considerado crucial politicamente pelo presidente, que deve tentar a reeleição em 2022. Da mesma forma, a alta do diesel, que está 37,99% mais caro este ano, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), afeta sua popularidade com aumento da inflação e alta de custos para os caminhoneiros, uma das suas bases mais importantes.
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No fim de setembro, a Petrobras reajustou o preço do diesel, e parte das associações de caminhoneiros voltou a ameaçar com greves. Bolsonaro já havia dito que queria isentar o combustível dos impostos federais e, para compensar, reduziria outros subsídios do país. Mas a proposta não avançou. Em outra frente, o presidente da Câmara, Arthur Lira, conseguiu aprovar, na semana passada, um projeto de lei que altera o cálculo do ICMS sobre os combustíveis, que pode gerar uma redução do preço de até 8%, se passar pelo Senado e virar lei.
A última parcela do auxílio emergencial está programada para ser paga este mês. Como o GLOBO mostrou na semana passada, auxiliares próximos a Bolsonaro avaliam prorrogar o benefício até janeiro de 2023 apenas para beneficiários do Bolsa Família, que são 14,6 milhões de famílias brasileiras.
A ideia é estipular o pagamento de cerca de R$ 250 mensais além dos valores que as famílias já recebem pelo programa social, por pelo menos um ano.
Hoje, o valor médio do Bolsa Família é de R$ 189. Seria um pagamento, portanto, de cerca de R$ 440. Isso é superior aos valores pagos hoje pelo auxílio emergencial (R$ 150, R$ 250 e R$ 375).
Em paralelo, o governo planeja o Auxílio Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família. Em entrevista à TV Brasil exibida no domingo, João Roma afirmou que o programa vai pagar R$ 300 por mês. Neste momento, o Ministério da Economia trabalha com o fim do auxílio emergencial este mês, mas há diversas possibilidades sendo avaliadas em Brasília.
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