A fome no Brasil tem avançado e já atingiu, em dois anos, mais 9 milhões de pessoas. O levantamento mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) aponta que 19,1 milhões de cidadãos se enquadram neste perfil, ou seja 9% da população brasileira.
A pesquisa foi realizada em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios das cinco regiões do Brasil, tanto em áreas urbanas como rurais.
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Nesta semana, mais uma cena triste de desespero chamou a atenção de diversas pessoas, principalmente na internet. Um homem resolveu chamar a atenção de moradores de uma área nobre de Brasília nesta terça-feira (2) aos gritos.
Nas cenas é possível ver ele carregando um saco com alguns materiais. E em seguida gritando em uma rua, em meio aos blocos da Asa Norte. O caso foi registrado por um morador da Quadra 106 e publicado na internet. "Por favor, alguém compre um arroz, alguém compre um leite. Por favor, é fome", disse ele.
Assista:
Essa cena tem se repetido toda semana aqui na quadra. Famílias famintas param embaixo dos blocos e pedem qualquer tipo de ajuda. Esse rapa se apresenta como Marcos e grita: “É fome!” Eu nunca havia presenciado isso na vida! pic.twitter.com/egb8nSoHRB
— Carlos Alberto Jr. (@cajr1569) November 2, 2021
Segundo moradores da área, o nome do homem gritando era Marcos e ele estava acompanhado de dois adolescentes e uma mulher, dizendo que era de Goiás e que tinha mais quatro filhos, era auxiliar de pedreiro, mas não conseguia emprego. Vizinhos ainda afirma que outras pessoas em situação parecida têm passado pela localidade
Uma das maiores dificuldades dos brasileiros em situação de vulnerabilidade foi o poder de compra ter diminuído com o aumento da inflação. O que fez elevar o número de pessoas que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,87% em setembro deste ano, acumulando alta de 10,25% nos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é puxado pela alta do dólar e atinge diretamente as famílias com menor poder aquisitivo.
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