O cabo reformado da Polícia Militar de Goiás (PMGO) identificado como Moacir Divino Camargo da Silva, de 58 anos, denuncia que o filho foi executado por policiais da própria corporação em que trabalhou durante boa parte da vida. O militar vai denunciar o caso ao Ministério Público.
O jovem Wilker Darckian Camargo, de 35 anos, foi morto durante uma intervenção policial em Trindade, região metropolitana de Goiânia, na última sexta-feira (10).
“No Brasil não tem pena de morte, então meu filho foi assassinado. O meliante tem que ser imobilizado e entregue à Justiça que vai decidir o que acontece. Ele foi covardemente executado”, defendeu o cabo Moacir em entrevista.
Um vídeo feito por uma testemunha mostra o momento em que Wilker tenta fugir de dentro de uma residência, mas é arrastado por três policiais de volta para o quintal. Em seguida,é possível ouvir um disparo de arma de fogo.
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Wilker teria fugido de policiais em um carro prata. Ele acabou batendo o veículo e tentou fugir a pé, mas foi alcançado e morto em uma residência que fica ao lado de sua casa. Os policiais teriam dito para Moacir que o filho dele tinha 500 gramas de cocaína e um revólver calibre 22.
No entanto, o pai nega e acredita que os itens foram “plantados” na cena do crime. O cabo reformado diz que o filho não era um traficante.
“Dez dias atrás eu tinha arrumado R$ 150 para ele comer. Ele nunca mexeu com arma. Era um coitado, pobrezinho. Traficante tem dinheiro, sou policial e sei disso. Eles queriam matar”, defendeu Moacir, que vai denunciar o caso ao Ministério Público.
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