De acordo com o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (Proad), as drogas, com exceção do álcool, não causam sozinhas comportamentos violentos, mas podem despertar quadros que estavam ocultos. A psicose, por exemplo, pode ser provocada pelo excesso de álcool e drogas ilegais.
Como foi um caso que aconteceu no Distrito Federal (PMDF), onde a Polícia Militar conseguiu, após 5h de negociações, prender na noite de segunda-feira (13), Ronaldo Peres Roda, acusado de disparar pelo menos 40 tiros dentro de uma casa no Setor Tradicional de Planaltina.
A equipe de negociação convenceu Ronaldo a se entregar e não houve feridos na cena. Segundo o major Marcelo Almeida, comandante da Operação Gerente, o homem foi levado para o hospital devido a um corte no pé.
"Ele ficou sozinho na casa, após a esposa deixar o imóvel. Mais cedo, ela foi encaminhada ao Hospital Regional de Planaltina “com claros sinais de uso de entorpecentes”, segundo a PMDF.
Segundo a polícia, Ronaldo teve um surto psicótico com a esposa. No local do incidente, foram encontrados uma arma de fogo, que realizou em torno de 40 disparos, e drogas. Os tiros atingiram vários móveis, paredes e o carro do casal. “Ficou tudo destruído. A arma era uma 9mm”, informou Almeida. “A principio a casa é dois dois, eles estavam de uma forma que nos leva a crer que usaram droga, achamos que cocaína”, completou.
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“Graças a Deus conseguimos preservar a vida, que é o primordial. A principio a informação é que eles tinham 3 filhos, ele seria o padrasto. Tinha a informação de uma segunda pessoa, mas isso não se confirmou”, disse o major Almeida.
Entenda
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PMDF foi acionado no início da noite de segunda (13), por volta das 19h30, para uma ocorrência de resgate de refém. De acordo com fontes policiais, o responsável por efetuar os disparos é dono de uma distribuidora de bebidas na cidade e estaria sob efeito de drogas.
Ainda segundo a polícia, a esposa dele deixou o imóvel na metade da negociação e foi levada ao Hospital Regional de Planaltina “com claros sinais de uso de entorpecentes”.
A Operação Gerente é comandada pelo major Marcelo Almeida, que ao Metrópoles, explicou a tática usada no momento:
“A nossa tática aqui foi vencer pelo cansaço. Ele não estava falando coisa com coisa, mas quando começamos uma abordagem, vimos que ele provavelmente estava sozinho. Como ele provavelmente estava sob efeito de drogas, o efeito foi passando, a pessoa caindo na real.”
Vizinhos informaram que Ronaldo e a mulher são primos e vieram para Brasília há dois anos. Antes, eles viviam no interior de Minas Gerais.
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