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HORMÔNIO DO SONO

Anvisa libera venda de Melatonina e médicos pedem cautela

O suplemento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em outubro e chegou às farmácias em dezembro do ano passado. Especialistas alertam para a falta de evidências científicas de seu uso sem uma avaliação mais aprofundada.

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Imagem ilustrativa da notícia Anvisa libera venda de Melatonina e médicos pedem cautela camera A melatonina é conhecida como o "hormônio do sono". | REPRODUÇÃO

Desde o início de dezembro de 2021, farmácias brasileiras estão vendendo melatonina em comprimidos ou gotas sem a necessidade de prescrição médica. A substância teve a comercialização liberada no país no dia 15 de outubro de 2021 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

A melatonina é conhecida popularmente como o "hormônio do sono". Na verdade, é mais do que isso: é uma das principais responsáveis pelo ciclo biológico de quase todos os seres vivos, usada no ritmo circadiano que regula a atividade física, química, físico e psicológica do corpo humano.

Embora a decisão esteja alinhada com o que ocorre em vários países da Europa e da América do Norte, especialistas criticam a decisão e pedem cautela na hora de comprar e utilizar esse produto.

"É preocupante que a melatonina seja vendida como se fosse um picolé. Não estamos falando de uma substância inócua e seu uso errado pode trazer problemas", alerta o neurocientista Fernando Mazzilli Louzada, coordenador do Laboratório de Cronobiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

"E é um conceito estranho enquadrá-la como suplemento alimentar. Não há consenso algum de quando há uma deficiência desse hormônio no organismo", aponta a neurologista Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono de São Paulo.

"Não existe sequer uma diretriz no mundo que indique a melatonina como tratamento para insônia", emenda a especialista, que também é professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

"Precisamos deixar claro que a melatonina pode até ser uma ferramenta terapêutica, mas não vai ser indicada para todo mundo", concorda o médico Paulo Augusto Miranda, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

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