Todos sabem que o Pix revolucionou as movimentações bancárias e facilitou a vida de muita gente. Com a novidade, é possível realizar transferências ou pagamentos de forma gratuita e instantânea entre diferentes instituições financeiras. Por outro lado, o número de golpes e fraudes com Pix atambém vem crescendo muito nos últimos meses.
Os golpistas acompanham a evolução da tecnologia, buscando novas estratégias para enganar seus alvos. Principalmente por ser uma tecnologia nova, o Pix requer cuidado redobrado para não perder dinheiro.
Para não cair em nenhuma tentativa de golpe, aprenda como os criminosos agem e sabia como se proteger
Vídeo: golpistas do Pix faziam vítimas no Pará
Você sabe como funciona o PIX?
Criado pelo Banco Central há pouco mais de 6 meses e é uma das formas de fazer transferências e pagamentos bancários mais utilizados pelos brasileiros. De acordo com o BC, até março, o sistema já tinha mais de 206 milhões de chaves cadastradas e mais de 1,5 bilhão de transações.
A seguir, conheça os principais golpes usando Pix e saiba como se proteger.
1 – WhatsApp clonado
Muito comum, antes mesmo de o Pix entrar em operação, mas com a chegada da tecnologia, o golpe foi aprimorado. O golpista entra em contato com a vítima se passando por uma empresa e pede que que o usuário digite um código que o criminoso envia para confirmar, atualizar ou autenticar algum cadastro. O problema é que esse código permite a clonagem do WhatsApp e sequestro do perfil.
Se o usuário não ativar a autenticação em duas etapas, o golpista consegue instalar a conta em outro aparelho. A partir daí, o criminoso aciona os contatos da vítima e pede ajuda financeira, principalmente transferência por Pix.
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Como evitar esse tipo de golpe?
Habilite a autenticação de duas etapas na sua conta do WhatsApp:
1. Abra o WhatsApp; 2. Clique no menu de três pontos e acesse as “Configurações”;3. Em “Conta”, escolha “Verificação/Confirmação em duas etapas”;4. Clique em “Ativar” e escolha uma senha seis dígitos para a conta do WhatsApp; 5. Confirme o seu PIN (digite novamente o seu código pessoal); 6. Cadastre um endereço de e-mail válido para caso esqueça seu código; 7. Clique em “Avançar” e confirme seu endereço de e-mail, depois em “Salvar”.
2 – Atendimento bancário falso
Nesse caso, o golpista aproveita o desconhecimento sobre os tipos de chaves Pix que os usuários podem cadastrar. O criminoso se passa por atendente do banco e induz a vítima a criar uma chave Pix. Para efetivar o cadastro, seria então necessário fazer um teste. É nesse momento que o cliente cai no golpe e acaba transferindo um valor para o golpista.
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Como evitar cair nesse golpe?
Nunca forneça seus dados ou faça operações bancárias em ligações. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que funcionários de instituições bancárias nunca solicitam a confirmação ou cadastro de dados pessoais em conversas telefônicas. Inclusive, esclarece que os bancos não pedem que os clientes façam testes com as chaves Pix cadastradas.
Em caso de suspeita de golpe, não forneça seus dados nem faça transferências, desligue a ligação e entre em contato com os canais oficiais do seu banco.
Bug do Pix
Esse golpe começa com a divulgação de uma fake news, também chamada de notícia falsa, nas redes sociais que afirma que existe uma falha no Pix que permite que as pessoas recebam um prêmio em dinheiro quando transferem valores para determinadas chaves.
O resto você já sabe: o cliente transfere o valor para a suposta chave premiada e o dinheiro vai direto para a conta do golpista. Na hora, sem complicação. Como explicamos anteriormente, dificilmente ao fazer uma transferência por Pix você consegue desfazer a operação, mesmo que seja uma situação de golpe, a vítima fez por vontade própria.
Como evitar cair nesse golpe?
Qualquer anúncio ou mensagem que fale sobre “dinheiro fácil” deve ser um sinal de alerta. O sistema Pix, criado pelo Banco Central é seguro, robusto e sem bugs. De acordo com a instituição, o Pix conta com os mesmos protocolos de segurança do TED e do DOC, além de camadas de segurança oferecidas pelos bancos parceiros, como biometria e reconhecimento facial. Confira mais dicas de segurança sobre o Pix.
4 – QR Code falso
Uma das formas de fazer pagamentos por Pix é via QR Code. Atualmente, é comum vermos QR Code para transferências em lives e apresentações online que arrecadam dinheiro para artistas ou instituições.
Os golpistas fazem o download desses vídeos e criam uma nova transmissão com um QR Code falso, divulgam o vídeo e o dinheiro vai direito para a conta do criminoso.
Aprenda a não cair nesses golpes
Ao fazer doações, transferências e pagamentos por Pix, via QR Code, fique atento a origem do código e se desconfiar dos valores ou mesmo da origem da solicitação, não complete a operação.
Abaixo, segue 7 dicas para não cair em golpes com Pix
1- Antes de transferir ou pagar, verifique a identidade de quem está solicitando o Pix. Se desconfiar da mensagem, não conclua a operação. Principalmente em casos de amigos que estão em suposta dificuldade financeira;
1- Os aplicativos estão cada vez mais simples de usar e os usuários, mais desatentos, por isso, preste bastante atenção antes de clicar para confirmar uma operação e confira todos os dados;
3-Ainda não está acostumado a fazer Pix? A dica aqui é fazer testes com amigos e familiares que já utilizam a tecnologia para treinar as etapas. Nesse caso, vale pedir o dinheiro de volta, pois o processo não envolve nenhum custo para quem envia e recebe.
4- Não clique em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp, redes sociais que direcionam a cadastros de chaves Pix;
5- Cadastre suas chaves Pix no canal oficial do seu banco ou fintech. Você pode usar seu número de CPF, de telefone, e-mail ou outro número aleatório para criar as chaves;
6- A confirmação da criação da chave Pix nunca vem por ligação ou link. Após o cadastro, o BC envia o código por SMS ou e-mail, apenas.
7- Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente. Lembre-se que o WhatsApp do solicitante pode estar clonado.
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