O assassinato de mulheres pelo simples fato de serem mulheres tem nome: feminicídio. De acordo com a Lei 13.104 de 2015, o crime de feminicídio é configurado quando há violência doméstica e familiar, ou ainda quando há “menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.
Dados da Rede de Observatório e Segurança analisam que, em 2020, 449 mulheres foram mortas em cinco estados do Brasil vítimas de feminicídio. São Paulo é o estado em que os crimes mais acontecem, seguido de Rio de Janeiro e Bahia.
Em casos de feminicídio, é comum observar a brutalidade e desprezo pela vida das mulheres. Muito antes de existir a Lei Maria da Penha, vítimas e mais vítimas foram mortas por serem mulheres, atingidas de forma violenta pelo machismo estrutural presente na sociedade.
Essa semana, a Polícia Militar prendeu um homem suspeito de ter matado a suposta amante a pauladas em Itapevi, na Grande São Paulo. O crime foi denunciado por uma testemunha que viu o agressor batendo na vítima com um pedaço de madeira.
Segundo o boletim de ocorrência, Nairene Vieira da Silva, de 25 anos, tinha um relacionamento amoroso com José Edson da Silva, de 55 anos. E, nesta quinta-feira (05), os dois discutiram e o homem atacou a mulher. Após ser preso, José confessou o crime à polícia e disse que o que motivou foi o fato de ela pedir dinheiro constantemente. Segundo o suspeito, Nairene o ameaçava, dizendo que se ele não desse a quantia, contaria tudo sobre o caso para esposa dele.
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Após o assassinato, José Silva enrolou o corpo da vítima em sacos plásticos, e se dirigiu até a Estrada do Sapiantã, onde o jogou em uma ribanceira. Ele retornou para casa, limpou a cena do crime e tomou banho. Ao chegarem na casa do assassino, policiais encontraram vestígios de sangue. O homem foi preso em flagrante.
O corpo de Nairene foi localizado no local informado pelo criminoso e encaminhado ao Instituto Medico Legal (IML) de Osasco. A ocorrência foi registrada na Delegacia da Mulher de Barueri, em São Paulo.
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