Foi em março desse ano quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da Polícia Federal para suspender o Telegram no Brasil. A decisão determinava uma série de mudanças, entre elas a suspensão de dois canais bolsonaristas.
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Aplicativos de mensagens têm sido usados em exaustão, especialmente depois de terem se tornado os principais redutos da extrema direita no mundo desde 2016 e, no Brasil, acabou se tornando bastante popular entre os bolsonaristas.
Depois desses embates da Justiça contras as comunidades virtuais, porém, grupos de direita e de apoio ao presidente têm tentado maquiar e moderar falas violentas de seus participantes contra a esquerda.
A exemplo dos casos de agressão na caravana do ex-presidente Lula (PT), em Campinas (SP), no início de maio, que foram comemorados e endossados nesses mesmos grupos, embora ameaças e promessas de agressão sejam desestimuladas.
Fugindo das moderações
Segundo a reportagem do UOL, foi observado um tom menos violento das críticas feitas à esquerda e ao PT, principalmente a Lula, até nas comunidades bolsonaristas mais famosas. Se antes eram observadas discussões entre membros estimulando atitudes violentas e até armadas, agora isso tem diminuído.
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Outra forma de burlar, que também foi observado nesses grupos, foram os usos de codinomes ou trocas de letras para evitar as buscas e tentar burlar a moderação, ao que eles [bolsonaristas] chamam de “censura”. Agora, “vacina” se torna “picada” e “vacinado”, “inoculado”. “STF” é escrito com cifrão (“$TF”) e “atirando” ou “atirar” vira números (“atir4ndo” ou “atir4r”). Outra forma também é deixar as palavras de cabeça para baixo.
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