Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o tráfico de animais silvestres é a terceira maior atividade ilícita e lucrativa do mundo, superada apenas pelo tráfico de drogas e de armas. No Brasil, a venda de animais silvestres é considerada um ato ilegal, com pena prevista em lei de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.

Apesar disso, o tráfico de espécies consideradas impróprias para o ambiente doméstico apresenta um número bastante considerável de ocorrências no país. Como mostra a apreensão feita, nesta quarta-feira (8), pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) de Tocantins, em Palmas.

Um carregamento com aproximadamente 40 animais silvestres foi encontrado dentro de um ônibus interestadual, na rodoviária da capital tocantinense. Entre os bichos encontrados, havia uma cobra da espécie jiboia, escorpiões, jabutis, tarântulas, aranhas caranguejeiras, lagartos e 40 frascos de ovos de tarântula. Os policiais militares informaram que 28 dos animais estavam mortos no momento da abordagem.

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De acordo com uma investigação preliminar, a carga foi despachada em um ônibus que partiu de Belém no dia 30 de maio e tinha  como destino final a cidade de São Paulo (SP). No entanto, a encomenda contendo os animais não foi retirada pelo destinatário. Por isso, a bagagem estava retornando para a capital paraense.

Foi quando passageiros e funcionários sentiram um forte odor vindo da carga, que permaneceu no bagageiro do ônibus. A Polícia Militar foi acionada e o carregamento descoberto. 

Os animais foram apresentados pela equipe do BPMA, em Palmas (TO).
📷 Os animais foram apresentados pela equipe do BPMA, em Palmas (TO). |(Foto: Divulgação BPMA-TO)

De acordo com a Polícia Civil de Tocantins, que assumiu a investigação do caso, os responsáveis podem ser penalizados criminal e administrativamente com multa estimada em R$ 236 mil, além de serem autuados por maus tratos devido as condições precárias de transporte. Até o fechamento desta matéria, porém, nenhum suspeito havia sido identificado.

Os animais que sobreviveram serão encaminhados ao Centro de Fauna do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) para serem avaliados e destinados conforme previsto na legislação vigente.

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