O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma viagem "bate-volta" de Brasília até Paris para assistir a final da UEFA Champions League e jogos do torneio de tênis de Roland Garros, no mês passado. O problema? todas as despesas foram bancadas por um advogado.
Na companhia de pelo menos um dos filhos, o ministro a viagem incluiu, ainda, o GP de Mônaco de Fórmula 1, disputado naquele mesmo fim de semana.
O meio de transporte usado pelo magistrado foi um luxuoso jatinho de modelo Citation X, que tem como sócio o advogado Vinícius Peixoto Gonçalves, dono de um escritório no Rio de Janeiro. O custo total da viagem foi de, pelo menos, R$ 250 mil.
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O advogado que disponibilizou o jatinho à Kassio, atua em processos em curso no STF e já foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro do ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão.
A viagem durou cerca de quatro dias, partindo de Brasília, com escala em Cabo Verde e por fim a cidade de Le Bourget, nas proximidades de Paris.
Em contato com o Metrópoles, o ministro afirmou que as notícias são falsas, e sustenta que o advogado não pagou as despesas, porém, não nega que fez a viagem.
“Vinícius Gonçalves, citado pela reportagem, não pagou qualquer despesa do ministro. O advogado também nunca pôs avião à disposição do ministro. Nunca tiveram contato anterior à viagem, nem pessoal, nem telefônico”, afirma a nota.
O magistrado ainda prossegue: "O jornalista também erra ao afirmar ter ocorrido um tour, pois o ministro jamais fora (sic) a Mônaco ou a Roland Garros. A matéria, portanto, baseia-se em informações erradas para criar um contexto que não existe”, disse.
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