Quem tem criança em casa, sabe que a atenção aos pequenos deve ser constante, dada a grande incidência de acidentes, que acontecem ao menor deslize. Os acidentes domésticos passam a ser mais frequentes quando o bebê começa a engatinhar, por volta dos oito meses de idade. A partir daí, quando se mantém em pé e começa a andar, já existe o risco de escalar pequenos obstáculos, engolir objetos que são extremamente perigosos.
Foi o que aconteceu com o pequeno Cauan Araújo Conceição, de apenas 3 anos, em Canavieiras (BA). Ele morreu depois de passar um ano com um prego no pulmão. Os pais da criança alegaram que o levaram diversas vezes para um hospital, mas os médicos não identificaram o problema. Então eles resolveram custear um exame de raio-X, que descobriu o objeto no corpo do menino.
A mãe do menino, Clarice Araújo, e o pai, Cosme Conceição, perceberam em junho de 2020 que o menino havia engolido um objeto, mas, no momento, não conseguiram identificar o que foi. Nesse momento, o pai levou Cauan para o Hospital Municipal de Canavieiras, mas o médico não encontrou nada na garganta da criança.
Com o agravamento dos sintomas, o menino foi levado outras vezes para o hospital, apresentando febre e tosse. Ele foi medicado e voltou para casa. Após alguns dias, a criança voltou a ser levada na unidade de saúde, já com fortes dores do lado direito do corpo.
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No dia 27 de junho deste ano, foi a penúltima vez que Cauan deu entrada no hospital. Como a médica informou que o menino estava com sintomas de asma e, mais uma vez, não teria solicitado exame. Ela apenas receitou algumas medicações, passou nebulização e liberou o menino. Mas os sintomas de Cauan pioraram e os pais decidiram pagar por um exame de raio-X particular, que constatou o prego no pulmão. Depois, a família retornou para o hospital.
Quando chegou ao Hospital Geral do Estado (HGE), Cauan foi submetido a uma cirurgia para a retirada do prego. Como o objeto havia perfurado o pulmão, o menino teve de ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, dois dias depois, ele não resistiu. Agora, os pais acusam os médicos e o Hospital Municipal de Canavieiras de terem negligenciado os atendimentos.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Canavieiras informou que foram solicitados exames para Cauan. Ressaltou que uma consulta com uma pediatra havia sido marcada para o dia 28, mas a médica adoeceu. O comunicado ainda ressaltou que a família não procurou atendimento médico antes dessa data. Porém os pais de Cauan possuem papéis que comprovam que eles estiveram no hospital antes.
A secretaria também informou que o caso continua sendo investigado pela polícia.
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