O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra virou notícia nacional ao ser preso em flagrante nesta segunda-feira (11) pelo estupro de uma gestante que passava por uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, município da Baixa Fluminense. Antes de ter sido flagrado, ele prestava serviços há, pelo menos, seis meses para alguns hospitais estaduais do Rio de Janeiro.
Mas o que muitos não sabem é que Giovanni também já é réu em um outro processo na Justiça, mas por erro médico e indenização por danos morais. O caso aconteceu em julho de 2018, e segundo a imprensa carioca, o anestesista nunca apresentou sua defesa nos autos do processo.
Além de Giovanni, outros três profissionais junto ao Hospital Mario Lioni, são processados por uma mulher que teve dois diagnósticos errados, até ser atendida no Hospital de Irajá, na Zona Norte, e ser diagnosticada com H1N1 (gripe suína).
A mulher foi atendida no Hospital Mario Lioni, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com "delírios, calafrios, dificuldade na respiração, com falta de ar, tosse e tontura." Na unidade de saúde ela foi diagnosticada com infecção urinária.
Apesar do diagnóstico, a equipe de enfermagem alertou à médica que fez o primeiro atendimento que outros exames deveriam ser realizados para descartar um caso mais grave, porém os remédios para infecção urinária foram ministrados e a paciente recebeu alta.
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Como o estado da paciente não melhorou, ela retornou ao hospital, onde desta vez foi atendida por Giovanni. Segundo consta no processo, o anestesista reforçou o diagnóstico de infecção urinaria e disse que a paciente estaria com "ansiedade".
Porém, os sintomas pioraram e a mulher passou a sentir "fortes dores de cabeça, dores nas costas, tosse com sangue e intensa falta de ar e dor no pulmão". Ela retornou para ser consultada com um terceiro profissional de saúde, um cardiologista, no entanto, o quadro da vítima já era considerado grave.
O diagnóstico correto só foi confirmado em uma quarta consulta, já em outro hospital. Lá foi constatada uma pneumonia severa, com apenas 25% dos pulmões em funcionamento. A paciente foi diagnosticada como portadora do vírus H1N1. Ela chegou a ficar em coma por 23 dias, devido a uma trombose por falta de fluxo sanguíneo. Por conta da doença, ela perdeu o dedão do pé direito.
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