O crime chocante cometido pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra fez com que a prisão preventiva do homem fosse decretada pela Justiça do Rio de Janeiro.
Na noite da última terça-feira (12), o médico anestesista foi levado para a penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. Giovanni Quintella chegou à prisão por volta das 21h, após a audiência de custódia.
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Ao ser avistado pelos outros presos, os detentos começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto.
A cadeia de Bangu 8 é destinada aos presidiários com curso de ensino superior, como o caso de Giovanni, que é graduado em medicina. Ele ficará em uma cela sozinho no complexo penitenciário.
Mesmo após a agitação da chegada, a madrugada foi tranquila no presídio. Na manhã desta quarta-feira (13), Giovanni tomou café da manhã, pão com manteiga e café com leite.
A cela de seis metros onde o médico está, foi a mesma por onde passou Roberto Jefferson, ex-deputado federal.
O anestesista permaneceu calado o tempo inteiro na frente dos policiais penais e não foi visto chorando em nenhum momento.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Quintella passou por audiência de custódia na terça-feira (12), realizada na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, para onde foi levado ainda na segunda-feira (11), horas após o flagrante do estupro.
O médico foi preso pelo estupro de uma grávida na hora do parto, a qual foi submetida a fortes sedativos aplicados por Giovanni.
A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), está à frente das investigações e apura outras possíveis cinco vítimas do médico.
“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico", iniciou a juíza Rachel Assad.
"Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou.
A magistrada destacou ainda o trauma gerado para a vítima. "Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, completou Assad em sua decisão.
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