O multibilionário Elon Musk, CEO da Tesla e fundador da SpaceX, anunciou na última sexta-feira (8), em documento enviado às autoridades do mercado de ações dos Estados Unidos, que se estava desistindo de comprar a rede social Twitter, acusando a empresa de ter fornecido dados "falsos e enganosos" sobre os números reais de contas falsas ou inativas.
Como já era esperado, a reação do Twitter foi acionar a Justiça para obrigar Musk a concluir a negociação, que envolve o pagamento de US$ 44 bilhões (mais de R$ 239 bilhões) pelo controle acionário da plataforma. Esse, ao menos, foi o valor estabelecido após o acordo firmado no final de abril deste ano.
LEIA TAMBÉM:
Elon Musk cancela formalmente compra do Twitter
Justiça autoriza filha trans de Elon Musk a mudar de gênero
Um juiz de um tribunal especializado em direito empresarial, no estado de Delaware (leste dos Estados Unidos), terá, portanto, que determinar se Musk tem ou não direito a rescindir unilateralmente o contrato de aquisição que prevê o pagamento de multa em caso de desistência de ambas as partes.
Além de alegar não ter tido acesso a informações confiáveis sobre o número de contas falsas e spams da rede social, Musk também acusa o grupo californiano de não ter informado corretamente a situação financeira da empresa.
O Twitter, por seu turno, garante ter fornecido todos os dados exigidos na negociação e acusa Musk de ter agido de má-fé desde o início, com a única intenção de expor a empresa e desvalorizá-la no mercado.
“Tendo montado um espetáculo público para colocar o Twitter em jogo, e tendo proposto e assinado um acordo de fusão favorável ao vendedor, Musk aparentemente acredita que ele – ao contrário de todas as outras partes sujeitas à lei contratual de Delaware – é livre para mudar de ideia, destruir a empresa, interromper suas operações, destruir seu valor para os acionistas e ir embora”, diz a petição incial protocolada pelo escritório de advocacia norte-americano Wachtell, Lipton, Rosen & Katz LLP.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar