O assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, chocou familiares, amigos e até desconhecidos. Ele foi morto a tiros durante a festa de aniversário de 50 anos, no último sábado (09), pelo policial penal federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Jorge Guaranho. Agora, o crime segue sendo investigado pelas autoridades.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello, a perícia realizada no celular do autor do crime, Jorge Guaranho, pode alterar os rumos da investigação e trazer novos fatos. A informação foi concedidas em entrevista para a GloboNews.
A declaração veio após intensas críticas sobre a decisão de concluir o caso antes de peças importantes serem analisadas, como o celular do assassino. O policial penal Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. A ação do acusado foi qualificada como motivo torpe e perigo coletivo, por oferecer risco para outras pessoas.
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“A primeira providência que nós tomamos foi solicitar e foi tentar descobrir quem estava na posse desse celular, e imediatamente representamos pela apreensão do celular e pela autorização para acesso. E extração dos conteúdos desse celular é importante sim, porque no celular muitas vezes o autor pode ter comentado que ia fazer, pode ter dado alguma opinião. Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, comentou.
Ainda segundo ela, era preciso entregar o inquérito com as informações já apurada por conta do prazo que precisava ser cumprido. E, caso não fosse entregue, poderia haver de soltura de Jorge Guaranho. Agora, o próximo passo será aguardar o resultado da perícia.
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Camila Cecconello ressaltou, durante a entrevista, que ainda não existem fatos concretos de que o caso teria motivações políticas, já que há provas de que o crime tem relação com a violação do estado democrático de direito.
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“Nesse primeiro momento, fica muito claro que houve uma provocação e uma discussão em razão de opiniões políticas. Agora, quando ele retorna pra casa e resolve voltar, não há prova nos autos suficientes que indiquem que ele voltou porque ele queria cometer um crime de ódio contra uma pessoa ou pessoas de outro partido político que não o dele”, reafirmou a delegada.
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