Morreu na manhã desta sexta-feira (22) o maestro Henrique Morelenbaum, aos 90 anos, de causas naturais. Em sua carreira, o músico teve importante papel na difusão de compositores brasileiros, gravando obras de Heitor Villa-Lobos, Francisco Braga, Leopoldo Miguez e Radamés Gnatalli.
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No exterior, regeu orquestras em países do leste-europeu, como Hungria e Polônia. Em 1973, foi o único brasileiro a ser convidado para participar da temporada de balé da Ópera de Paris. Morelenbaum ocupava a cadeira de número 16 da Academia Brasileira de Música.
Pai do violoncelista Jaques Morelenbaum, o maestro trilhou as carreiras de violinista e violista. Foi também diretor geral do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e teve duas passagens como diretor da Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, entre 1965 e 1966 e 1987 e 1991. Morelenbaum foi responsável pelas estreias brasileiras de obras fundamentais da história da música, como as óperas "Peter Grimes", de Benjamin Britten, e "The Rake's progress", de Igor Stravinsky.
Em turnê no exterior, Jaques lamentou a morte de seu pai nas redes sociais. "Agradeço ao meu pai por todo o carinho, o legado de busca incessante de conhecimento e de evolução, de justiça e amor, de amor à música e à arte em geral como forma de construção da beleza espiritual", escreveu.
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Henrique Morelenbaum é o nome artístico adotado por Saul Hertz Lorelenbaum. O maestro nasceu em Lagów, na Polônia, chegando ao Brasil ainda menino. Estudou Composição, Regência, Violino e Viola na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, se tornando, em seguida, professor. Em 1956, integrou o Quarteto da Rádio MEC e, em 1972, recebeu na Associação Paulista de Críticos de Arte o prêmio de Melhor Regente do Ano.
Em nota, a Sala Cecília Meireles destacou a importância de Morelenbaum para os novos maestros. "Formou mais de uma geração de compositores, incluindo o ex-diretor da Sala Cecília Meireles, Ronaldo Miranda, e o atual, João Guilherme Ripper."
O enterro de Morelenbaum aconteceu no Cemitério Israelita de Vila Rosali, em São João de Meriti, Baixada Fluminense.
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