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EMERGÊNCIA GLOBAL

Varíola dos macacos: Brasil negocia compra de vacinas

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que esá negociando a compra das vacinas.

Imagem ilustrativa da notícia Varíola dos macacos: Brasil negocia compra de vacinas camera Vacina contra varíola dos macacos está sendo negociada, segundo o Ministério da Saúde. | Reprodução

No Brasil, o Ministério da Saúde confirma 607 casos da varíola dos macacos até a última sexta (22). O saldo é mais do que o dobro verificado no último dia 9, quando havia 218 diagnósticos confirmados em todo o país.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que o Brasil já está negociando com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) a aquisição de vacina contra a varíola dos macacos (monkeypox), que foi declarada neste sábado como emergência global de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Segundo Queiroga, a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) está em processo de avaliar o quantitativo necessário, e a aquisição será feita por meio do fundo rotatório, um mecanismo internacional de cooperação técnica para acesso a vacinas.

Brasil já registra mais de 200 casos de varíola dos macacos

"Só há uma fabricante [a empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic] e não tem representante no Brasil. Assim, a aquisição deve ser via Opas", afirma o ministro.

De acordo com Queiroga, a declaração de emergência global da OMS ocorre em um momento em que as medidas de contenção dos casos estão sendo adotadas no Brasil. "A rede de diagnóstico está estruturada. Todos os casos estão sendo acompanhados", disse.

Varíola dos macacos se torna "emergência de saúde global"

Os casos da doença concentram-se principalmente em São Paulo. No total, conforme dados do ministério, o estado registrou 438 diagnósticos positivos da doença até esta sexta, representando cerca de 72% do total.

Em 23 de maio, o Ministério da Saúde montou uma sala de situação para direcionar ações de saúde pública e divulgar informações sobre a monkeypox. No entanto, no dia 11 deste mês, a sala foi descontinuada pela pasta.

A partir de então, as ações de vigilância para a monkeypox foram alocadas em diferentes áreas que compõem a Secretaria de Vigilância em Saúde. Segundo Queiroga, por enquanto, as ações continuarão independentes da sala de situação. "Vamos focar na vigilância. O monitoramento é contínuo."

A vacina Imvanex já obteve aprovação para a prevenção da varíola dos macacos nos Estados Unidos e no Canadá. Neste sábado (23), a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) também recomendou a aprovação do alargamento do imunizante, usada até 2013 no combate à varíola, para a proteção de adultos contra o vírus da varíola do macaco.

"A extensão do rótulo ajudará a melhorar o acesso à vacina em toda a Europa e fortalecerá a preparação futura contra a varíola dos macacos", disse o CEO da Bavarian Nordic, Paul Chaplin, em comunicado.

Nos Estados Unidos, a FDA (agência regulatória americana) também já aprovou o uso da vacina ACAM2000 (Sanofi) para a prevenção da doença.

De acordo com o médico epidemiologista Fabio Mesquita, que já foi diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, embora não haja um consenso global sobre a eficácia das vacinas na prevenção dos casos de varíola dos macacos, as grandes agências regulatórias têm autonomia para aprová-la para esse fim.

"Na Europa, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, as vacinas estão sendo utilizadas só em áreas de alto risco de transmissão, em homens que fazem sexo com homens e profissionais de saúde. A produção industrial é pequena, elas ainda não foram largamente adotadas em nenhum país", diz ele, que atualmente é membro do corpo técnico da OMS lotado em Mianmar.

Segundo Mesquita, também há medicamentos sendo pesquisados para serem indicados na fase clínica da doença. "Temos que oferecer os melhores cuidados clínicos possíveis. Mesmo que até agora não se observa uma mortalidade acentuada, várias pessoas relatam que a dor pode ser insuportável", diz.

Para ele, é muito importante alertar que, embora a doença esteja se espalhando mais entre os homens que fazem sexo com homens, esse público não pode ficar estigmatizado.

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