O fuzil .50, apreendido durante operação policial no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, é uma arma de guerra de grande poder de destruição, capaz de derrubar aeronaves e perfurar veículos blindados.
Segundo Paulo Storani, ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e consultor em segurança pública, este armamento foi fabricado para disparos em longas distâncias e é utilizado por snipers.
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A Polícia Militar afirmou que a arma foi usada para tentar derrubar helicópteros das forças de segurança durante a operação. Vídeo que circula nas redes sociais mostra uma rajada de tiros sendo disparada em direção a uma aeronave da polícia.
Storani afirma que o armamento é exclusivo das Forças Armadas –nem a polícia tem autorização para utilizá-lo.
O fuzil .50 já foi apreendido em outras ocasiões, como em 2015, quando o Bope prendeu seis traficantes do Comando Vermelho no Complexo do Chapadão, zona norte da capital.
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A operação desta quinta-feira (21) durou cerca de 12 horas com intenso tiroteio e resultou na morte de 17 pessoas. Nas redes sociais, circulam imagens de uma vasta quantidade de munição espalhada por ruas da favela.
Participaram da ação 400 policiais do Bope, da PM, e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Polícia Civil. Também foram utilizados dez blindados e quatro helicópteros.
Segundo a Polícia Civil, além do fuzil .50, foram apreendidos quatro fuzis, duas pistolas, nove carregadores de fuzil, 56 artefatos explosivos e grande quantidade de drogas.
Porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o tenente-coronel Ivan Blaz afirmou que o confronto foi tão intenso que a munição do Bope acabou em duas horas.
"Ontem por volta das 7h30 a munição já havia sido totalmente consumida dada a intensidade do confronto armado. Eu estou falando de uma ordem de grandeza de centenas de fuzis naquela região", disse em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
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