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INVESTIMENTO

Alta da Selic: veja o rendimento da poupança, Tesouro e CDB

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira (3), a 13,75% ao ano

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Imagem ilustrativa da notícia Alta da Selic: veja o rendimento da poupança, Tesouro e CDB camera Investimento mais popular do país, a caderneta de poupança tem um retorno negativo de 0,91% estimado para este ano, | Reprodução

Os ganhos com investimentos de renda fixa ficam maiores com a elevação dos juros básicos da economia e a perspectiva de desaceleração da inflação do país, segundo estimativas do buscador financeiro Yubb.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira (3), a 13,75% ao ano.

Debêntures incentivadas e as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) permanecem com os melhores retornos, em parte por serem favorecidas pela isenção do IR (Imposto de Renda).

Os CDBs oferecidos por grandes bancos, porém, passaram a dar retorno de 0,97% acima da inflação prevista para este ano.

Na comparação entre os investimentos, o Yubb considerou a nova taxa de juros, as regras de cada aplicação e descontou a inflação estimada de 7,15% para este ano pela pesquisa Focus do Banco Central de 1º de agosto, além de aplicar o IR nos casos em que há tributação.

Na pesquisa anterior, em 15 de junho, os certificados davam prejuízo de 0,92% ao ano. Na ocasião, a taxa de inflação esperada para este ano era de 8,89% e a Selic havia sido ampliada de 12,75% para 13,25%.

Para Evandro Buccini, sócio e diretor de renda fixa e multimercado da Rio Bravo, a expectativa é de arrefecimento da inflação, mas com pouca alteração da atual taxa de juros até o primeiro trimestre do ano que vem. Por isso, diz, o momento é favorável a aplicações pós-fixadas atreladas à Selic.

"É um ajuste [da Selic] que está chegando ao fim e esperamos que fique assim por alguns meses, até março ou maio do ano que vem, pelo menos, e então poderá começar a cair lentamente", disse.

"As expectativas de inflação continuam bastante elevadas, os economistas gostam de falar desancoradas, mesmo para 2024, que está muito longe, a meta é de 3% e o esperado já está em 3,3%", comentou Buccini.

Apesar do ambiente favorável à alta dos preços proporcionado pela reabertura após as restrições da pandemia e pelos estímulos econômicos reforçados com a aprovação pelo Congresso da PEC (proposta de emenda à Constituição) que amplia benefícios em período eleitoral, o sócio da Rio Bravo alerta que títulos atrelados à inflação são a opção mais arriscada, no caso da renda fixa, pois "a inflação já está precificada", afirma.

Quando comparada à renda variável, a renda fixa também leva ampla vantagem neste ano. O principal índice de ações do país, o Ibovespa, cai mais de 1% neste ano, sem considerar a inflação.

Bruna Centeno, economista e especialista em renda fixa do escritório de assessores de investimento Blue3, considera que os títulos indexados à inflação não devem ser descartados da carteira, pois permitem proteção do poder de compra em um cenário em que o desequilíbrio fiscal pode provocar novas escaladas no custo de vida.

"Precisamos lembrar que o arcabouço fiscal no Brasil é muito inseguro. A média da inflação no país nos últimos dez anos foi de 6% ao ano", diz a especialista.

Apesar da desvantagem da Bolsa de Valores neste ano, Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, diz que as "ações brasileiras podem ser consideradas baratas em relação ao seu histórico de preço e de lucro".

Ele reforça, porém, que mesmo investidores interessados em comprar na baixa do mercado devem considerar oscilações no horizonte próximo e, por isso, apostar em uma estratégia de longo prazo. "Os cenários, tanto brasileiro como internacional, seguem desafiadores e imprevisíveis", disse.

Investimento mais popular do país, a caderneta de poupança tem um retorno negativo de 0,91% estimado para este ano, segundo o levantamento do Yubb.

A remuneração é de 0,5% ao mês sempre que a Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Já quando a taxa básica é de até 8,5%, o rendimento da caderneta equivale a 70% da Selic.

MULTIMERCADOS E EXTERIOR SÃO OPÇÕES PARA INVESTIDORES DE PERFIL MAIS ARROJADO

Para os investidores com mais apetite ao risco, que aceitam uma volatilidade maior nas carteiras em nome de um retorno também mais alto, Arley Junior, estrategista de investimentos do Santander, aponta a classe dos multimercados como uma alternativa que tem entregado bons retornos.

Com flexibilidade para navegar entre os mercados de ações, renda fixa e câmbio, tanto no Brasil como no exterior, os gestores dos fundos multimercados têm agilidade para fazer mudanças nas carteiras de acordo com as alterações no cenário, aponta o especialista.

No acumulado do ano, até 2 de agosto, o IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima), que apura a rentabilidade média dos multimercados, acumula retorno positivo de 8,7%.

A aposta na alta de juros nos mercados desenvolvidos para combater a persistente pressão inflacionária em escala global tem sido uma das principais estratégias nas carteiras dos fundos.

Arley Junior diz ainda que, apesar das incertezas que pairam no cenário global, com o aperto nas condições financeiras e a guerra da Ucrânia causando sessões de intensa volatilidade nos mercados, manter alguma alocação internacional, descorrelacionada do ambiente doméstico, também é uma estratégia que tem recomendado aos investidores.

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