Durante seu discurso de abertura na 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, no final de setembro, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo contra a Cristofobia, a perseguição moral e até física contra os cristãos.
“Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à Cristofobia”, disse o presidente. No entanto, "cristofobia" é algo que nem existe.
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Contudo, no Brasil, quem sofre diariamente com a perseguição e o preconceito são os seguidores de religiões de matriz africanas. Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Disque 100, serviço para denunciar violações de direitos, em 2022 já foram recebidas mais de 500 denúncias de intolerância religiosa.
O estado que está no topo da lista de denúncias é São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará e Pernambuco.
No Distrito Federal, um levantamento apontou 55 ocorrências criminais de intolerância religiosa entre janeiro de 2018 a abril de 2022. A maioria estão relacionadas a ofensas dirigidas a fiéis de ritos africanos. Contudo o número é considerado subnotificado por especialistas e não mostra o tamanho real do problema.
Das denúncias, religiões cristãs, como o catolicismo e suas vertentes evangélicas, somam apenas seis ocorrências policiais, contra 39 de matriz africana. O espiritismo kardecista teve seis denúncias.
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