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TIROS E EXPLOSÃO

Policiais feridos por granada de Roberto Jefferson têm alta

Dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo ex-deputado Roberto Jefferson no Rio de Janeiro

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Imagem ilustrativa da notícia Policiais feridos por granada de Roberto Jefferson têm alta camera Na manhã deste domingo, Jefferson reagiu à abordagem dos agentes da Polícia Federal | ( Reprodução )

A Polícia Federal informou que dois agentes foram feridos por estilhaços de uma granada ao tentarem cumprir ordem de prisão contra Roberto Jefferson, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Os dois passam bem, segundo nota divulgada neste domingo (22).

No comunicado, a corporação afirmou que houve reforço de policiais na casa do ex-deputado federal, Levy Gasparian (RJ), "com o objetivo de cumprir a determinação judicial".

Na manhã deste domingo, Jefferson reagiu à abordagem dos agentes da Polícia Federal, que cumpriam mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal.

"Eu não vou me entregar", afirmou em vídeo postado nas redes sociais. "Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los", disse ele. A operação ocorreu um dia após Jefferson xingar a ministra Cármen Lúcia, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), e a comparou a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas" em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.

Moraes diz que Jefferson cometeu 'repetidas violações'

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Segundo a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o STF recebeu informações de que o ex-deputado bolsonarista aumentaria o tom de seus ataques às instituições. Em prisão domiciliar, Jefferson manteria ainda um arsenal de armas em sua casa de forma irregular.

A decisão de prendê-lo foi tomada porque, a partir de terça-feira (25), ele não poderia mais ser detido, como determina a lei eleitoral. Segundo esta regra, ninguém pode ser preso a não ser em flagrante cinco dias antes das eleições.

A certeza de que Jefferson coordenaria ataques para desestabilizar o pleito levou a Corte a pedir a sua prisão neste domingo (23). O advogado do PTB Luiz Gustavo Cunha disse à Folha de S.Paulo que o último contato que teve com Jefferson foi no sábado (22) à noite.

"Ele [Jefferson] vem dizendo 'que não vai mais ser preso, que na casa dele não entra mais mandado do Xandão'", disse. "O ministro Alexandre de Moraes mandou uma viatura para prendê-lo hoje pela manhã, domingo, o que é ilegal."

Sobre os eventuais disparos e lançamentos de explosivos na direção dos policiais federais, Cunha afirmou que ainda não tinha detalhes.

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), publicou nas redes sociais um texto em que repudia a "ação armada" do aliado e ex-deputado de Roberto Jefferson. O presidente afirmou ainda que determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento do episódio.O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que reações como a de Roberto Jefferson não são aceitáveis e representam um risco à democracia do país. Para o petista, Bolsonaro "conseguiu criar nesse país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa, que espalha fake news o dia inteiro".

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