A democracia consiste, sumariamente, em respeitar a vontade popular de escolha de seus representantes, sem ônus algum aos eleitores. No entanto, desde que o resultado das Eleições 2022 para a Presidência foi divulgado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas, pedem por ações antidemocráticas para manutenção do presidente no poder, irregularmente.
E alunos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá (Unifap) denunciam que uma professora da instituição decidiu, arbitrariamente, deixar de orientar dois estudantes por conta dos mesmos terem votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no segundo turno para presidir o país entre 2023 e 2026.
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Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida expõe no grupo formado por ela junto aos estudantes da disciplina "Laboratório de Farmacognosia" que desistiria da orientação de dois alunos, identificados apenas como Líbio e Débora, porque "não quer esquerdistas no laboratório".
“Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de vocês. Portanto, sigam a vida de vocês e que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento”, dispara. A professora finaliza com a frase: "Ou estão comigo, ou estão contra mim."
O caso ganhou destaque após a União Nacional dos Estudantes (UNE) repercutir o caso e se posicionar contra a atitude da professora. "Até quando atos intolerantes e antidemocráticos serão tolerados dentro das instituições de ensino? As eleições já passaram, respeitem a democracia!", declarou a organização.
Veja a publicação:
Nas redes sociais, a docente divide suas publicações entre conteúdos relacionados à profissão e à universidade, momentos pessoais e críticas à esquerda, ao eleitorado de Lula e suposições acerca do então candidato petista.
A Reitoria da Unifap se posicionou sobre o ocorrido por meio de nota, alegando que não compactua com tais atitudes e que irá apurar os fatos para tomar as providências cabíveis.
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