Nem mesmo a TV que tanto deu apoio ao governo de Jair Bolsonaro, em quase quatro anos, tem escapado das ações dos manifestantes que pedem intervenção militar e ameaçam o processo democrático das eleições.
O repórter da RecordTV de Rio Preto, Yuri Macri, foi agredido por manifestantes bolsonaristas que bloqueavam a rodovia Washington Luís, na altura de Mirassol, no interior de São Paulo, na última quarta-feira (2).
Ele foi cercado por um grupo que o impediu de entrar ao vivo no telejornal e dar a notícia. "Vou precisar voltar com você aí, Rafa, porque o pessoal aqui acaba atrapalhando um pouco o nosso trabalho", disse ele.
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Enquanto a apresentadora tomava a palavra, o jornalista era agredido com socos, chutes e pontapés, além de ter sido encharcado por um balde de água. O repórter, que conseguiu entrar ao vivo na sequência do telejornal, relatou o ocorrido em suas redes sociais. "Pensei 'se eu cair aqui, eu morro'. Foi uma situação muito difícil", ele escreveu.
Mais tarde, o próprio Yuri usou seu perfil no Instagram para comentar os "momentos de terror" que viveu enquanto era atacado pelo grupo de bolsonaristas.
Em nota, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão, a Abratel, repudiou as agressões ao jornalista. "As agressões físicas, lesão corporal grave a repórteres e impedimento do exercício do trabalho jornalístico ferem diretamente o direito à informação, assegurado pela Constituição Federal", diz a nota.
VEJA A POSTAGEM DO REPÓRTER:
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