Após o resultado das eleições, protestos de eleitores do Bolsonaro se iniciaram no Brasil, bloqueando vias e estradas, dificultando a vida de muitos brasileiros. Nas redes sociais, o presidente pediu para que as estradas fossem desobstruídas, mas o pronunciamento não foi levado muito a sério.
Uma análise feita pelo professor da FGV e coordenador do Observatório da Extrema-Direita, Guilherme Casarões, compara os atos como o final do mandato do ex-presidente dos EUA, Trump.
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Ao contestarem o resultado das eleições, os dois mandatários acabaram incentivando os apoiadores a realizarem protestos. No caso de Trump, os eleitores invadiram o Capitólio de Washington.
“A diferença principal entre a baderna no Brasil e a baderna nos Estados Unidos é que aqui você tem um ímpeto golpista que é muito mais presente tanto ao longo do governo Bolsonaro, quanto na retórica do presidente, na retórica dos próprios apoiadores”, explicou o professor.
“No caso dos Estados Unidos, o Trump falou de fraude eleitoral, ele contestou o resultado, os apoiadores estavam ali muito mobilizados. Mas não havia a mesma condição institucional para se falar em golpe no sentido estrito da palavra.” continuou ele.
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“Isso se justifica pela participação das Forças Armadas no Governo Federal, que embarcaram nos discursos de fraude eleitoral e se tornaram “cúmplices do processo” golpista – ao contrário dos EUA, onde os militares tiraram o corpo fora” Concluiu Guilherme Casarões.
O professor chegou a analisar que Trump e Bolsonaro trabalham na lógica de extrema direita, com um discurso radical e que pode levar a crimes contra a democracia.
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