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PÂNICO NAS RUAS

"Assustador", diz vítima de caminhão desgorvenado no Paraná

A corretora de imóveis Luciana Ferreira falou sobre o susto que viveu na manhã do último sábado (14), em Curitiba, após seu carro ser atingido por uma carreta em alta velocidade conduzida por um caminhoneiro sob efeito de drogas.

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Imagem ilustrativa da notícia "Assustador", diz vítima de caminhão desgorvenado no Paraná camera O carro da vítima foi um dos diversos veículos antingidos pelo caminhão conduzido por Nilson dos Santos. | (Foto: Reprodução/Facebook)

Ainda se recuperando das escoriações sofridas no acidente, quando o veículo em que estava foi atingido violentamente por uma carreta em alta velocidade, a corretora de imóveis Luciana Ferreira mulher afirma que teve a sensação de estar nos trilhos de uma estrada de ferro e não ter tempo de desviar do trem.

O acidente ocorreu no último sábado, pela manhã, em Curitiba, quando a carreta conduzida pelo caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, de 35 anos, provocou o caos pelas ruas da capital paranaense. Ao todo, 12 veículos foram danificados. Por sorte, nenhuma pessoa sofreu ferimentos graves.

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“Foi muito assustador, cena de filme. Essa é a sensação. De você estar num trilho e não ter tempo de fazer nada, e o trem aparece na tua frente assim, com toda a velocidade”, desabafou Luciana, que sofreu o acidente no momento em que saía da garagem de casa no bairro Portão.

Ela conta que a única reação que teve quando percebeu que o caminhão estava vindo em sua direção pela contramão na canaleta exclusiva para ônibus biarticulado foi jogar o carro para a calçada e esperar o melhor.

“Entrei na República Argentina e dei de cara, na minha frente, um caminhão em altíssima velocidade carregando tudo. A única coisa que eu pensei no momento, que foi tão rápido, foi tentar jogar para a calçada o carro, para tentar desviar. Foi o que eu fiz e por isso eu acho que eu não fui arrastada por ele”, lembrou a corretora em entrevista à RPC.

REBITE E ÁLCOOL

Segundo a delegada Vanessa Alice, o motorista Nilson Pedro dos Santos foi preso em flagrande e autuado por tentativa de homicídio, direção sob efeito de substância entorpecente, direção perigosa e omissão de socorro. Devido à gravidade e à quantidade das acusações, o acusado não teve direito a pagamento de fiança para responder ao inquérito em liberdade. Por essa razão, ele segue preso na Delegacia de Delitos de Trânsito da Polícia Civil.

Nilson confessou, em depoimento, ter usado rebite (droga sintética) e ter bebido cerveja antes de viajar de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, para Curitiba. No entando, a polícia suspeita que ele também tenha consumido cocaína em algum ponto do trageto.

”Ele parou em Ponta Grossa, em um posto de combustíveis por volta das 22h de sexta (13), onde fez uso de rebite. Eu perguntei se seria cocaína, e aí ele falou, “é, rebite, cocaína, cocaína, rebite.” Então ele não deu a entender se era a mesma coisa ou uso dos dois, não deu para ficar muito claro. E ingeriu duas garrafas de cerveja”, afirmou a delegada.

A carreta conduzida pelo acusado danificou 12 veículos durante a série de acidentes, no último sábado, em Curitiba.
📷 A carreta conduzida pelo acusado danificou 12 veículos durante a série de acidentes, no último sábado, em Curitiba. |(Foto: Reprodução/Facebook)

DEFESA

Em pronunciamento à imprensa, o advogado de defesa do caminhoneiro preso, Niki Petterson, afirmou que o cliente fez uso de drogas para tentar superar o cansaço e conseguir concluir a viagem, uma vez que estaria acordado há várias horas.

“Ele estava há muitas horas trabalhando, dirigindo o caminhão, e infelizmente ingeriu substâncias para que conseguisse terminar a carga horária de trabalho, conseguisse terminar a viagem. Agora ele vai permanecer preso, à disposição da Justiça, aguardando a audiência de custódia para verificar se existe a possibilidade de concessão de liberdade provisória ou se será o caso de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva”, explicou o advogado.

Durante a abordagem da Polícia Militar, logo após receber voz de prisão, Nilson chegou a dizer aos agentes que estava sendo perseguido por ladrões de carga, e, por esse motivo, passou a dirigir o caminhão em alta velocidade. Versão que foi rapidamente descartada pelas autoridades policiais.

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