A facilidade de compra de armas de fogo tem sido um tema controverso em muitos países, incluindo o Brasil. Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que flexibilizou as regras para a posse e o porte de armas, permitindo que pessoas comuns possam adquirir e manter armas em suas residências e até mesmo portá-las fora de casa em algumas situações.
No entanto, a relação entre a facilitação da compra de armas e o aumento da violência é algo que deve ser levado em consideração. O Brasil registrou 47.503 homicídios ao longo de 2021, o equivalente a 130 mortes por dia, segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Um dos autores da chacina de Sinop, no Mato Grosso, tem sido ligado a uma admiração forte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma foto publicada nas redes sociais, Edgar Ricardo de Oliveira aparece utilizando um boné com o nome de Bolsonaro, um fato que tem causado revolta nas redes sociais, levando em conta a política armamentista que foi defendida pelo ex-presidente.
O crime envolveu o assassinato frio de sete pessoas, incluindo uma criança de 12 anos, tudo motivado por uma derrota num jogo de sinuca.
O outro envolvido no crime, Ezequias Souza Ribeiro também seria um apoiador de Bolsonaro. Ele foi morto nesta quarta-feira (22), depois de entrar em confronto com a polícia local.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se pronunciou sobre a informação de que os criminosos eram apoiadores de Bolsonaro. De acordo com o ministro, a política armamentista do antigo governo incentivou este tipo de tragédia.
"Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de 'clubes de tiro', supostamente destinados a 'pessoas de bem', como alega a extrema-direita", declarou o ministro no Twitter.
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