Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vão desenvolver um trabalho para analisar plantas medicinais e tratamentos fitoterápicos contra a tuberculose usados pelo povo indígena Guarani e Kaiowá, em Mato Grosso do Sul.
O projeto deve resultar em um grande acervo de pesquisa na língua Guarani e na instalação de um jardim terapêutico na Aldeia Amambai, com coordenação do Grupo de Jovens Indígenas Guarani e Kaiowá (Jiga).
O estudo tem como ideia central o conceito de intermedicalidade, em que intervenções em saúde consideram também as crenças culturais e práticas terapêuticas dos povos originários. A proposta é obter, com a troca de saberes, um uso seguro desses fitoterápicos em associação com os medicamentos alopáticos indicados para a tuberculose.
- Fiocruz aponta aumento de casos de Covid-19 em 16 estados
- Fiocruz alerta para possível domínio de nova variante
O trabalho é coordenado pelos pesquisadores Islândia Carvalho, da Fiocruz Pernambuco, e Paulo Basta, da Escola de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). Os extratos utilizados em terapias auxiliares ou no tratamento da tuberculose pulmonar terão o potencial farmacológico testado no Departamento de Imunologia da Fiocruz Pernambuco.
Um estudo anterior, conduzido pelos pesquisadores da UFPE Rene Duarte e Rafael Ximenes, já havia resultado no Acervo Pohã Ñana, que apresenta o conhecimento sobre práticas tradicionais de cura e um catálogo com 82 plantas medicinais utilizadas pelo povo Guarani e Kaiowá de forma sistematizada e em conteúdo bilíngue. Com a pesquisa atual, esse acervo deve ser ampliado.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar