A sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em Brasília, foi evacuada na manhã desta quarta-feira (26) após uma ameaça de bomba. O vice-presidente e chefe da pasta, Geraldo Alckmin (PSB), cumpria uma agenda no Palácio do Planalto e não se encontrava no local.
Uma mala de viagem foi deixada em uma garagem do prédio. Em cima dela, havia um exemplar da Constituição Federal. O Corpo de Bombeiros já chegou ao local, e uma varredura será feita no material. O prédio foi evacuado para a segurança dos funcionários. Esquadrões antibomba da Polícia Militar e da Polícia Federal (PF) já estão no local.
Em dezembro do ano passado, movidos pelo inconformismo com o resultado das eleições, vencidas por Lula (PT), bolsonaristas promoveram manifestações em diferentes pontos de Brasília. Protestos também ocorreram no aeroporto da capital do país. Um deles contou com a participação do indígena José Acácio Serere Xavante, nascido em Mato Grosso e conhecido como Cacique Serere.
O indígena viria a ser alvo de uma ordem de prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por participação em atos antidemocráticos. A detenção, no dia 12 de dezembro, levou simpatizantes de Bolsonaro acampados em frente ao quartel-general do Exército a tentarem invadir a sede da Polícia Federal.
O episódio resultou em confronto com policiais, e os manifestantes promoveram uma onda de vandalismo na cidade, arremessando pedras contra os agentes e queimando veículos. Quase duas semanas depois, na véspera de Natal, as autoridades interceptaram uma tentativa de explosão de um caminhão com combustível nos arredores do aeroporto de Brasília
Dois apoiadores do ex-presidente foram condenados na primeira instância da Justiça do DF, sob a acusação de expor a perigo a vida ou o patrimônio mediante colocação de dinamite ou substância análoga e causar incêndio em depósito de combustível.
George Washington de Oliveira Sousa recebeu pena de nove anos e quatro meses de prisão, e Alan Diego dos Santos Rodrigues, de cinco anos e quatro meses.
No início deste mês, a PF deflagrou uma operação com o objetivo de apurar supostos financiadores dos atos de invasão ao aeroporto e possível conexão com os envolvidos na tentativa de atentado a bomba nas proximidades do terminal.
Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e associação criminosa todos previstos no Código Penal.
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