Durante o julgamento de Thiago Mathar, preso e condenado por participação nos protestos antidemocráticos de dia 8 de janeiro, no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado de defesa do acusado, Hery Waldir Kattwinkel, cometeu uma gafe durante a sua fala de sustentação.
Na sessão, o advogado fez menção ao governador romano Pôncio Pilatos, no entanto, se referiu ao personagem histórico o chamando de “Afonso Pilatos”.
"Ele falou a respeito de lavar as mãos de ‘Afonso Pilatos'”, disse Hery Kattwinket.
ASSISTA!
Não conhecia a história desse tal de "Afonso Pilatos". pic.twitter.com/8QnzdhDnRo
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) September 15, 2023
Além disso, no mesmo julgamento, Hery confundiu os livros "O Pequeno Príncipe", de Antonie de Saint-Exupéry, e "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel.
Durante a fala de sustentação, o advogado citou uma das frases mais famosas atribuída a Maquiavel que diz: "Como disse o Pequeno Príncipe, o fim justifica os meios", declarou Hery.
Ainda na sessão, o ministro Alexandre de Moraes apontou o erro do advogado. O magistrado disse que ele "esqueceu" a defesa do cliente para fazer "discursinho" para redes sociais.
"Realmente é muito triste (...) confundiu 'O Príncipe', de Maquiavel, com 'O Pequeno Príncipe', de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver", disse Moraes.
Apesar da frase usada por Kattwinkel ser atribuída ao livro "O Príncipe", a citação, na verdade, é do poeta romano Ovídio, e consta na obra Heroides.
É claro que as gafes acabaram repercutindo nas redes sociais e vários internautas comentaram o caso no Twitter (X).
Eu já vi coisas constrangedoras. Mas um advogado ir na tribuna do STF e citar o pequeno príncipe, quando na verdade se referia ao Príncipe de Maquiavel, para criticar os ministros do STF tá no top 3. Ainda levou um sabão do Xandão.
— Tauat Resende (@eutauat) September 14, 2023
pic.twitter.com/XEI8HrEi9I
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