
Quase 300 milhões de tentativas de golpes de engenharia social - aqueles em que o cidadão é direcionado por criminosos a fornecer dados ou clicar em link suspeito que o deixa vulnerável a prejuízo - foram identificados nos 12 meses terminados em julho pela empresa de cibersegurança Kaspersky no Brasil.
Segundo Fábio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da empresa para a América Latina, o Brasil passou da posição de protagonista no cenário de fraudes digitais e financeiras para a de exportador, levando para fora do país a expertise que vitima milhares diariamente.
“Se a gente puder escolher uma ameaça, é o trojan bancário (malware que invade aplicativos dos bancos). O criminoso brasileiro se especializou nisso, e o sistema bancário local está acostumado, mas nem todos os bancos na América Latina e na Europa contam com as mesmas tecnologias de proteção, o que os torna ainda vulneráveis a estes ataques”, afirma ele.
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Diretor adjunto de Serviços Financeiros da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Walter Faria defende que os sistemas de segurança das instituições financeiras são “muito bem estruturados” e que os criminosos acabam recorrendo ao “elo mais fraco” para aplicar os golpes: os consumidores. Por isso, diz, os bancos estão investindo em campanhas de conscientização.
“Também estamos trabalhando num canal de comunicação para que o cliente vítima de golpe ou que tenha o celular roubado consiga informar a instituição e evitar fraudes. A ideia é que o sistema fique pronto no ano que vem e seja compartilhado. O banco que for contatado perguntará se o usuário é correntista de outros e repassará a informação”. Segundo especialistas, golpes são reinventados diariamente. E como todo cuidado é pouco, listamos nove das armadilhas que mais têm causado prejuízo financeiro aos brasileiros.
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Para quem já foi vítima, a orientação é registrar o caso na delegacia. Se algum pagamento tiver sido feito via cartão de crédito, deve-se comunicar ao banco e solicitar o cancelamento da transação. Se foi via Pix, a opção é acionar o mecanismo especial de devolução (MED). É preciso ser ágil. O pagamento por boleto é muito difícil recuperar.
NÚMEROS
PERIGO
300 milhões
Quase 300 milhões de tentativas de goles foram identificados pela empresa de cibersegurança Kaspersky no Brasil.
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