O pesquisador, Steven Emslie, ficou intrigado ao encontrar restos mortais de diversos pinguins-de-adélia após um derretimento de neve no cabo Irizar, localizado no glaciar Drygalski, na Antártida. O espanto foi causado pelo fato de não haver registros desses pássaros no local desde o início do século XX. Após análises, os cientistas descobriram que algumas das aves podem estar mumificadas há cinco mil anos.
Os pinguins mumificados foram encontrados espalhados pela superfície do glaciar. Emslie e sua equipe coletaram alguns desses ossos para tentar descobrir o que estava acontecendo. "No geral, a nossa amostragem recuperou uma mistura de vestígios antigos e recentes de pinguins, implicando múltiplos períodos de ocupação e abandono deste cabo ao longo de milhares de anos. Em todos os anos que venho fazendo esta pesquisa na Antártica, nunca vi um local como este”, afirmou a revista Iflciscience.
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Em seguida, os cientistas submeteram o material a análises de datação por radiocarbono. Os resultados, publicados no periódico Geology, indicam pelo menos três períodos de ocupação do cabo pelos pinguins. Segundo o especialista, o primeiro começou há cinco mil anos e o último terminou há cerca de 800 anos.
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Os pinguins foram transformados em múmias naturais graças às temperaturas abaixo de zero que impediram os microrganismos de decompor seus corpos. Para o pesquisador, a principal razão pela qual as múmias de pinguins estão brotando do solo é o aumento das temperaturas associado às mudanças climáticas. A temperatura anual da região aumentou até 2°C desde a década de 1980, resultando numa enorme perda de gelo.
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