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Brasil tem tendência de queda no desemprego, aponta IBGE

Desocupação fica estável em 23 UFs, e somente Roraima mostra alta, aponta o Instituro

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Imagem ilustrativa da notícia Brasil tem tendência de queda no desemprego, aponta IBGE camera No país, taxa de desemprego recuou de 12,7% para 12% na comparação entre o primeiro e segundo trimestre deste ano | (Fernando Donasci/Folhapress)

A redução da taxa de desemprego do Brasil foi acompanhada por quedas estatisticamente significativas em apenas três estados na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano.

É o que apontam dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o órgão, as taxas de desocupação diminuíram em São Paulo (de 7,8% para 7,1%), Maranhão (de 8,8% para 6,7%) e Acre (de 9,3% para 6,2%).

Apenas Roraima teve crescimento considerado significativo (de 5,1% para 7,6%). Nas outras 23 unidades da federação, as taxas ficaram estáveis em termos estatísticos, apesar da tendência de redução observada na maior parte desses locais, disse o IBGE.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do instituto, São Paulo teve papel fundamental para o resultado nacional no terceiro trimestre. Na média do Brasil, o desemprego baixou a 7,7% de julho a setembro, o menor nível para esse período desde 2014, conforme números divulgados pelo IBGE em 31 de outubro.

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"A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte mostra uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por conta da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional", declarou Beringuy.

Com o novo resultado, a população desempregada no país recuou a 8,3 milhões no terceiro trimestre. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que investiga desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

Conforme a pesquisa, a população desocupada em São Paulo caiu 8,4%, de 2 milhões no segundo trimestre para cerca de 1,9 milhão no terceiro. A redução foi de 170 mil pessoas nessa condição.

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Segundo as estatísticas oficiais, a população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de vagas formais ou informais. Quem não está buscando oportunidades, mesmo sem ter emprego, não entra nesse número.

Já a população ocupada com algum tipo de trabalho em São Paulo subiu 1,1%, de 23,9 milhões para 24,2 milhões. O aumento em termos absolutos foi de 268 mil pessoas no estado.

Essa ampliação, ponderou o IBGE, ficou concentrada em parte das atividades, com destaque para informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Nesse ramo, a população ocupada teve aumento de 252 mil (ou 6,4%).

No Brasil, o número de trabalhadores ocupados alcançou 99,8 milhões no terceiro trimestre. É o recorde da série histórica da Pnad, com dados a partir de 2012. São Paulo reúne 24,2% dos ocupados no país (24,2 milhões do universo de 99,8 milhões).

BAHIA TEM MAIOR TAXA; RONDÔNIA, A MENOR

Do segundo para o terceiro trimestre, a taxa de desemprego até encolheu em 19 das 27 unidades da federação. O IBGE, contudo, aponta que a queda só foi significativa em termos estatísticos em três estados, considerando a realidade de cada local e a margem de erro da pesquisa.

Bahia (13,3%) e Pernambuco (13,2%) têm as maiores taxas de desocupação do Brasil, as únicas acima de 13%. Amapá (12,6%), Rio de Janeiro (10,9%) e Rio Grande do Norte (10,1%) vêm na sequência. Esses cinco estados são os únicos com desocupação acima de 10%.

Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%) aparecem na outra ponta da lista, com as menores taxas do país. Mato Grosso do Sul (4%) e Paraná (4,6%) também mostram desemprego abaixo de 5%.

Segundo economistas, os dados nacionais da Pnad sinalizaram um mercado de trabalho ainda positivo, sob impacto do desempenho da atividade econômica acima do esperado no primeiro semestre.

A desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) prevista para a segunda metade do ano não teria provocado grandes efeitos até o momento, mas é observada como um sinal de alerta por analistas. É que, de acordo com eles, a atividade econômica costuma impactar o mercado de trabalho com algum atraso.

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