A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma alerta devido ao aumento de casos de sarampo no mundo todo, e reforçou a importância da vacinação para prevenir a disseminação da doença. No Brasil, o Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul confirmou recentemente um caso importado de sarampo no estado, acendendo também um alerta nacional para a doença contagiosa e que continua a representar desafios para a saúde pública.
Causada por um vírus chamado “morbillivirus”, o sarampo também é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países considerados de Terceiro Mundo. No site oficial do Ministério da Saúde, consta que em 2016, o Brasil chegou a receber uma certificação da eliminação do vírus. Porém, em 2019, perdeu o título de “país livre do vírus do sarampo”, dando início a novos surtos da doença.
“A doença é altamente contagiosa e a transmissão se dá pela proximidade de uma pessoa doente, através da saliva, espirros e tosse. Os sintomas comuns são: febre muito alta, tosse, pode haver quadro de conjuntivite e costuma evoluir, obrigatoriamente, com sinais de manchas vermelha na pele que começam pelo rosto e se espalham pelo corpo”, detalha Cleonice Justino, médica pesquisadora em saúde pública e responsável pelo núcleo de pesquisa clínica do Instituto Evandro Chagas (IEC).
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O sarampo pode causar ainda outras complicações aos pacientes que são infectados. “Um dos problemas que podem surgir, mesmo sendo uma infecção causada por vírus é a pneumonia aguda. Além disso, o paciente também pode evoluir para um quadro com encefalite, surdez e nas piores condições de complicações chegar ao óbito”, alerta a médica.
Os casos importados de sarampo, como o que foi anunciado pelo governo do Rio grande do Sul, também devem ser tratados como motivo de preocupação. “Esse caso é de uma criança de 3 anos, que veio do Paquistão e que não estava vacinada. Por conta da globalização é preciso estar atento, pois há muitos países onde essa vacinação não é rotina. Para se ter noção, cerca de seis países têm ótima cobertura vacinal contra o sarampo”, destacou Cleonice Justino.
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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que Belém receberia do Ministério da Saúde, ainda nesta quarta-feira (31), novas doses da vacina Tríplice Viral, que protege contra o vírus do sarampo, caxumba e rubéola. A previsão é que até sexta-feira seja concluído o processo de distribuição das doses para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital e o imunizante esteja disponível a partir de segunda-feira (5).
A Tríplice Viral é indicada para a população de 12 meses a 59 anos. O público de 12 meses a 29 anos precisa ter duas doses para garantir a imunização. Na idade de 30 a 59 anos, a indicação é somente uma dose.
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