Dinheiro chegando para novos investimentos. É o que visa o BNDES, que vai aportar milhões em um fundo de investimento com o objetivo de fazer grandes obras, sobretudo da matriz energética do país.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai aportar R$ 500 milhões em um fundo de infraestrutura gerido pela Pátria Investimentos, gestora líder em investimentos alternativos na América Latina.
A quantia, que se soma a outros R$ 500 milhões aportados pela IFC (International Finance Corporation), membro do Grupo Banco Mundial, pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e por outros investidores institucionais, será alocada em projetos ligados à transição energética, além de saneamento, logística e transporte, mobilidade urbana e telecomunicações.
Segundo a Pátria, a ideia é captar até R$ 5 bilhões no longo prazo, principalmente junto a investidores institucionais. É incerto quanto deste montante irá, de fato, para projetos ligados à transição energética.
O fundo financiará pequenos e médios projetos de infraestrutura, incluindo propostas executadas do zero. Nesse modelo, as garantias dadas ao financiador são os ativos do próprio projeto e os fluxos de caixa esperados no futuro. Não há, portanto, necessidade de carta de fiança.
Cada projeto selecionado pela Pátria receberá inicialmente entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.
"O investimento no Pátria Infra Crédito FIDC tem potencial de ampliar ainda mais a atuação do BNDES no financiamento ao setor [de infraestrutura], em especial no apoio a pequenos e médios projetos que apresentam maior dificuldade de acesso a estruturas tradicionais de financiamento e ao mercado de capitais", afirmou a diretora de mercado de capitais e finanças sustentáveis do BNDES, Natália Dias, em evento nesta terça-feira (20), no Rio de Janeiro.
Natália disse também que o fator fundamental na decisão de aporte de recursos foi "a alocação prioritária em setores alvo do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), incentivando a alocação de capital de impacto e cobrindo companhias com menor visibilidade de mercado".
O banco frisou que o fundo da Pátria dialoga com ao menos quatro eixos do Novo PAC do governo federal: transição e segurança energética, cidades sustentáveis e resilientes, água para todos e transporte eficiente e sustentável.
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"Projetos ligados aos setores de atenção do novo fundo, como as áreas de energia, transporte e saneamento, são extremamente importantes para o desenvolvimento do país, à medida que contribuem para a transição energética e ajudam a resolver gargalos estruturais que melhoram a eficiência da economia e a qualidade de vida das pessoas", afirmou Marcelo Souza, sócio e chefe do setor de energia da Pátria Investimentos.
O fundo em questão foi selecionado por meio de chamada pública promovida pelo BNDES para seleção de fundos de investimento com foco em infraestrutura. A iniciativa busca desenvolver o mercado de capitais, acelerar o investimento privado em infraestrutura e viabilizar melhorias de longo prazo na qualidade dos serviços do setor no país.
O Pátria atua na área de infraestrutura há cerca de 20 anos e tem ativos na área avaliados em R$ 35 bilhões.
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