A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias, e atualmente, vem trazendo uma certa preocupação as autoridades de saúde .
Testes de influenza (vírus da gripe) realizados pela rede de laboratórios Dasa, com mais de 900 unidades no Brasil, aumentaram 63,3% entre o final de janeiro e início de março deste ano. A procura pelos testes quase dobrou, com crescimento de 198%.
Na primeira semana de fevereiro, a porcentagem de positivação foi de 15,26%. Na última, entre 26 de fevereiro e 3 de março, quase 25% dos testes tiveram resultados positivos-ou seja, 1 em cada 4 testes.
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Em São Paulo, o aumento da positivação foi de 61,44% e, de procura, 183,3%. As taxas por semana são semelhantes às nacionais.
O virologista da instituição, José Eduardo Levi, afirma que a alta começou após o carnaval. "Em épocas em que não há surto, a gente tem 5% a 8% de positividade, agora nós estamos batendo uns 25% a 26% de positividade em São Paulo e no Brasil", diz.
De acordo com o último boletim Infogripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (7), as regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste apresentam um crescimento da transmissão de influenza, aliada à Covid. O informe mostra aumento de novos casos semanais de Srag (síndrome respiratória aguda grave) em todas as regiões do país.
Em 2024, segundo a Fiocruz, foram notificados 13.636 casos de Srag, sendo 5.285 com resultado positivo para os vírus influenza A (9,3%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (11,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (68,6%).
O número de mortes chegou a 968. Entre os casos, tem-se influenza A (3,8%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (0,9%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (92,6%).
O Ministério da Saúde apontou, em fevereiro, uma "antecipação da circulação de vírus respiratórios" e adiantou a vacinação contra a influenza para o próximo dia 25. A estratégia acontece tradicionalmente entre abril e maio.
Levi afirma que a baixa taxa de vacinação e o isolamento durante a pandemia contribuíram para o surto de influenza fora da sua época, que costuma ser o inverno. "Os vírus respiratórios, depois da pandemia, perderam um pouco essa característica de sazonalidade", diz.
Vacinação
A nova campanha de imunização contra a gripe será iniciada no dia 25 de março. A vacina aplicada pelo Ministério é trivalente --composta de duas cepas do influenza A e uma do B-- e pode ser tomada na mesma ocasião de outros imunizantes. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas.
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No Norte, a vacina foi antecipada no final do ano passado para proteger a população que começou a viver o inverno amazônico -de meados de novembro até maio-, período de maior transmissão da gripe.
Por isso, a partir deste ano, a população das demais regiões do país continuará a receber a vacina contra a gripe no primeiro semestre, enquanto o Norte, receberá no segundo.
PODEM SE VACINAR:
- - Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
- - Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos
- - Trabalhadores da Saúd
- - Gestantes e puérperas
- - Professores dos ensinos básico e superior
- - Povos indígenas
- - Idosos com 60 anos ou mais
- - Pessoas em situação de rua
- - Profissionais das forças de segurança e de salvamento
- - Profissionais das Forças Armadas
- - Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- - Pessoas com deficiência permanente
- - Caminhoneiros
- - Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso)
- - Trabalhadores portuários
- - Funcionários do sistema de privação de liberdade
- - População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)
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