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CARTÕES DE VACINA

Cid confessou emissão de certificados falsos para Bolsonaro

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fez uma delação premiada, admitindo que havia emitido certificados falsos de vacina para o ex-presidente e sua filha.

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Imagem ilustrativa da notícia Cid confessou emissão de certificados falsos para Bolsonaro camera Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por envolvimento em uma fraude relacionada aos cartões de vacina. | Adriano dos Santos/PR

O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu à Polícia Federal em depoimento ter emitido certificados falsos de vacinação contra a Covid-19 em nome de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente, no ano de 2022.

Nesta segunda-feira (18), Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por envolvimento em uma fraude relacionada aos cartões de vacina.

Conforme revelado no depoimento, que faz parte de uma delação premiada concedida por Mauro Cid, a ordem para a emissão desses documentos falsos partiu diretamente de Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro detalhou que os dois documentos foram impressos no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, e entregues pessoalmente a Bolsonaro.

Embora a delação de Mauro Cid ainda esteja sob sigilo, trechos foram incluídos pela Polícia Federal no relatório que fundamentou o indiciamento de Bolsonaro, Cid e outros 15 envolvidos. Confira trecho da delação:

"QUE o presidente [Bolsonaro], após saber que o COLABORADOR [Mauro Cid] possuía os cartões de vacina para si e sua família, solicitou que o COLABORADOR fizesse para ele também; QUE o ex-presidente deu a ordem para fazer os cartões dele e da sua filha [...]; QUE o COLABORADOR solicitou a AILTON [Barros] que fizesse os cartões; QUE o COLABORADOR confirma que pediu os cartões do ex-presidente e sua filha [...] sob determinação do ex-presidente JAIR BOLSONARO e que imprimiu os certificados; QUE solicitou a inserção de dados no sistema CONECTESUS de sua esposa, filhas, ex-presidente JAIR BOLSONARO e de sua filha."

"QUE confirma que recebeu a ordem do ex-Presidente da República, JAIR BOLSONARO, para fazer as inserções dos dados falsos no nome dele e da filha [...]; QUE esses certificados foram impressos e entregues em mãos ao presidente."

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais que inclui informações sobre a fraude nas vacinas, decidiu retirar o sigilo desse relatório nesta terça-feira (19). De acordo com a PF, o "modus operandi" do esquema era o seguinte:

Mauro Cid enviava solicitações de fraude ao ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ailton transmitia os dados ao secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha e João Carlos utilizava suas credenciais para inserir os dados falsos no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) do Ministério da Saúde.

Nesse contexto, o grupo não precisava nem mesmo dos cartões físicos de vacinação. Segundo a PF, os dados falsificados eram inseridos diretamente no sistema do Ministério da Saúde, possibilitando que os suspeitos emitissem certificados de vacinação através do sistema oficial do ConecteSUS.

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